Odebrecht delatou quando já estava em declínio
O Grupo Odebrecht já enfrentava dificuldades financeiras, agravadas pela Lava Jato, quando decidiu propor acordos de delação premiada de todos os executivos com papel relevante na negociação ou pagamento de propina. As investigações apontavam para o declínio e deterioração irreparáveis da empresa, com passivo várias vezes superior aos ativos. Mas a Odebrecht, agora, poderá culpar a Lava Jato por sua crise.

Prêmio em dinheiro
Alguns executivos da Odebrecht estavam relutantes quanto à delação, mas a empresa os premiou com dinheiro para que colaborassem.

Prejuízo
Em 2015, a receita da Odebrecht caiu 12%, para US$ 39 bilhões, com prejuízo líquido de R$ 298 milhões.

Demissões
A crise provocou demissões na Odebrecht. Os 181.556 funcionários em 2013 foram reduzidos para a 128.486 em 2015.

Ideia de Emílio
Emílio Odebrecht tentou salvar a empresa e tirar o filho Marcelo da prisão, ao trabalhar para que 77 executivos optassem pela delação.

‘Almirante Braga’ fez negócios na África com Arraes
O Comandante Braga, amigo do ex-presidente Lula delatado pela Odebrecht como intermediário no recebimento de propina pelo contrato bilionário da compra de submarinos franceses, após sair da Marinha se tornou negociante de açúcar entre o Brasil e o norte da África, fazendo negócio inclusive com o ex-governador Miguel Arraes, que vivia asilado na Argélia. Chamado de "Almirante Braga" na Odebrecht, trata-se do capitão de corveta aposentado Carlos Henrique Ferreira Braga

Amigão de Lula
Milionário, dono de quinze empresas, o "Almirante Braga" chegou a emprestar um avião à campanha presidencial de Lula, em 1989.

Fundo de pensão
O ex-executivo da Odebrecht Luiz Eduardo Soares disse que a propina para o "Almirante Braga" seria de um grupo de viúvas de almirantes.

De onde saía
O contrato de R$ 31 bilhões para a compra de submarinos, incluindo R$ 3,3 bilhões para a Odebrecht, era a fonte do propinoduto.

Pegadinha no ‘JN’
Interpelado pelo "Jornal Nacional, terça-feira (18), o coordenador do programa do submarino brasileiro, almirante Max Hirschfeld, afirmou que "inexiste" um "almirante Braga" na Marinha. Mas Hirschfeld, tanto quanto os cabeços de portos, sabem que o Comandante Braga existe.

Palestras de araque
Ex-presidente da OAS Léo Pinheiro confirmou ao juiz Sérgio Moro a interpretação da Lava Jato: a empreiteira contratava "palestras" de Lula para lavar a propina materializada pela reforma do tríplex do Guarujá.

Ideia explosiva
O ministro Raul Jungmann (Defesa), deputado pelo PPS-PE, divulgou estudos para instalar a indústria de defesa em Pernambuco, a começar por unidades da Taurus, acusada de produzir armas que disparam acidentalmente, e a Ruag suíça, fabricante de pólvora e cartuchos.

Paulão faz o certo
Paulão (PT-AL) é honrosa exceção no triste show de deputados que furam a fila no embarque, no aeroporto de Brasília, para viagens semanais a Alagoas. Ele se submete à fila, democraticamente.

Retomada da economia
No primeiro bimestre de 2017, o polo de Manaus faturou R$ 11,8 bilhões, mais de 12% de crescimento em relação a 2016. Em dólar, o faturamento cresceu 45%, saltando para US$ 3,8 bilhões.

CMO sai esta semana
A Comissão Mista de Orçamento sai esta semana, ainda que o líder do PMDB não indique seu presidente, como lhe compete. Renan Calheiros retirou a escolha de Rose de Freitas (PMDB-ES) após ouvi-la afirmar que a oposição dele ao governo Michel Temer era pessoal.

Completa lisura
Luiz Feral, do grupo que controla a agência Talk2, garante "completa lisura, transparência e respaldo da lei" na licitação da Embratur, de R$ 9 milhões, para contratar uma empresa de comunicação digital.

Signo de gêmeos
O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, que visita o País, nasceu no mesmo dia, mês e ano e na Santiago de Compostela da jornalista Maria del Carmen Tamanini, radicada em Brasília há anos.

Pensando bem...
...o futuro do PT deve ser tentar eleger apenas ex-BBBs.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

O gato é bravo...
Três dias após renúncia de Jânio Quadros (28 de agosto de 1961), o deputado udenista Adauto Lúcio Cardoso subiu à tribuna para atacar os ministros militares que se opunham à posse do vice João Goulart, em visita à China. Adversário de Jango, Adauto propôs enquadrar os militares na Lei de Segurança Nacional. Seu colega Aliomar Baleeiro (UDN) pediu um aparte para concordar com ele "em gênero, número e grau", mas fez uma pergunta incômoda:
- Quem é que vai colocar guizo no gato? Eu é que não vou...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br