A pedido do PT, Odebrecht bancou esquerda latina
Marcelo Odebrecht confirmou em delação que o PT pediu à empreiteira doações às campanhas eleitorais de candidatos "de esquerda" em países latino-americanos, alinhados com Lula e Dilma sob o ponto de vista ideológico. Pagamentos de mais de R$ 5 milhões foram feitos à campanha de Maurício Funes, em El Salvador, em 2008. A Odebrecht também bancou a campanha do peruano Ollanta Humala, em 2010.

Pedidos de Lula
No 2º Termo de Compromisso de delação, Marcelo diz que os pedidos de ajuda a Mauricio Funes e Ollanta Humala foram avalizados por Lula.

Ligações íntimas
A mulher de Maurício Funes era Vanda Pignato, brasileira e petista desde os anos 1980. Ele acabaria alvo de denúncias em El Salvador.

Corrupção internacional
Tanto o Peru quanto El Salvador embargaram obras da Odebrecht nos países e agora investigam corrupção da empreiteira em seus governos.

Conta corrente do PT
Marcelo Odebrecht descreveu como "Conta Corrente" na empreiteira a relação financeira entre o PT e a Odebrecht desde 2008.

Disputa PMDB vs. PSDB enfraquece Serraglio
O enfraquecido ministro Osmar Serraglio (Justiça) cedeu ao PMDB e nomeou o ex-deputado Edinho Bez secretário de Assuntos Legislativos do ministério, rebaixando o antigo titular, Marcelo Varela, a "assessor especial". Foi a vez da pressão do PSDB, que fez Serraglio assinar portaria dando a Varela mais poder que Bez, na área legislativa. Varela e o secretário-executivo do ministério, José Levi do Amaral, são da turma de tucanos ligados ao ex-ministro Alexandre de Moraes.

PMDB perdeu de novo
Com a manobra da portaria nº 307/17, o PMDB perdeu mais uma para o PSDB, na queda de braço pelo poder no Ministério da Justiça (MJ).

Nunca antes na história
Assessor mandar mais que secretário é inédito na história do MJ. Assim como secretário-executivo mandar mais que o atual ministro.

O dono do hotel
Servidor experiente ironiza o papel do ministro da Justiça: "Serraglio está na suíte presidencial, mas o dono do hotel é José Levi do Amaral".

Chave de cadeia
O oferecimento de delação de Antônio Palocci gerou pânico no lulismo. Afinal, como coordenador (na captação de dinheiro) da primeira campanha presidencial, e no governo, como ministro da Fazenda, ele é fiel depositário dos segredos mais chocantes da ascensão de Lula.

Desespero
Preso há sete meses, o ex-ministro Antonio Palocci demonstrou que está mesmo cansado. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro foi claro: as provas da delação estão à disposição "o dia que o senhor quiser".

Tentando se proteger
O ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT) planeja disputar mandato de deputado federal, em 2018. Como o caso somente será julgado em cinco anos, nessa ocasião ele quer ter prerrogativas de deputado.

Ostentação é prioridade
Só para secretárias de seus diretores e presidente, a Ancine destina 91 vagas terceirizadas e há ainda 18 motoristas. O número é superior às destinadas aos profissionais de tecnologia da informação da agência.

Olha a Beija Flor aí, geeente...
Após a relevante decisão sobre o título de campeão brasileiro de 1987, logo o Supremo Tribunal Federal estará julgando recursos de escolas de samba derrotadas no desfile de Carnaval da Marquês de Sapucaí.

Batendo em retirada
Ao desembarcarem em Maceió, ontem, o senador Renan Calheiros e o ministro Maurício Quintella (Transportes) escapuliram por uma escada lateral do finger (ponte de embarque), para aguardar na pista carros que os livrassem de protesto que os aguardava no desembarque.

Mortes de policiais
A imprensa brasileira parou ontem para noticiar o atentado que tirou a vida de um policial francês, em Paris. No Brasil, apenas no DF, desde janeiro de 2016 foram mortos 14 policiais militares; um morto em 2017. No Rio, morreram 52 PMs e em São Paulo morreram 94, só este ano.

Prótese deu ibope
O senador Helio José (PMDB-DF) não parece muito preocupado com o flagrante da TV Senado de sua prótese escapulindo entre os lábios, enquanto discursava. "Foi recorde de exposição nas redes sociais..."

Pensando bem...
... as coisas melhoraram. Na época de Tiradentes, a oposição recebia tratamento bem diferente.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Preço justo
Envolvido na campanha ao governo de Santa Catarina. em 1965, Aderbal Ramos da Silva, presidente do PSD, não sabia como se livrar de Jack, um boêmio, chato, que não largava seu pé. Um dia entregou-lhe uma quantia:
- Jack, por favor, entregue estes Cr$ 100 mil ao Gordon. Em mãos.
Ele só voltaria um mês depois:
- Dr. Aderbal, procurei o Gordon por todos os lados. Fui ao Rio, São Paulo e Porto Alegre e não o encontrei. Gastei o dinheiro procurando o homem...
Aderbal disse que não tinha problema. Afinal, livrou-se dele por um mês!
- A propósito, dr. Aderbal – perguntou Jack, intrigado – quem é o Gordon?

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br