Força-tarefa investiga papel de Côrtes na rede D’or
A força-tarefa rastreia o destino do dinheiro roubado no governo de Sérgio Cabral, no Rio, e por isso investiga o papel do ex-secretário Sérgio Côrtes, preso esta semana, na rede D’Or de hospitais, da qual era diretor. A rede controla três dezenas de hospitais. A suspeita é que Côrtes seria sócio ou investidor do Fundo Soberano de Singapura (GIC), que pagou US$ 1 bilhão por 14% de participação na rede D’Or.

Negócio bilionário
A compra de participação do fundo de Singapura na Rede D’Or foi fechada em maio de 2015, e Sérgio Côrtes passou a representá-lo.

Lei a ser investigada
A entrada do GIC Private na Rede D’Or ocorreu poucos meses após a aprovação da legislação que permite capital estrangeiro em hospitais.

Bico calado
Procurado, o fundo GIC Private informou que não pode se pronunciar sobre o assunto Sérgio Côrtes sem receber instruções de Singapura.

Não procede
Procurada, a Rede D'Or disse, por meio de sua assessoria que a informação sobre Côrtes "não procede".

Aloizio pediu R$ 1 milhão da Odebrecht via Edinho
O ex-ministro de Dilma Edinho Silva, então tesoureiro de campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, procurou a Odebrecht em nome do candidato para pedir "doações", em 2010. O ex-executivo Benedicto Júnior autorizou a propina pessoalmente, no caixa 2, segundo confessou. Edinho pediu R$ 1 milhão a Carlos Armando Paschoal, ex-executivo, mas a empreiteira só deu R$ 750 mil. Por fora.

Cidade ofendida
O codinome do ex-senador Aloizio Mercadante (PT-SP), na lista de propineiros da Odebrecht, era "Aracaju". A cidade não merece.

Cavalo errado
A expectativa da Odebrecht era que Aloizio Mercadante poderia vencer a disputa contra Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Aposta errada.

Entrega
Os pagamentos das propinas para Mercadante, segundo o delator, foram no bairro de Moema, tudo combinado por Edinho Silva.

PT barrou
Segundo avaliação de Benedicto Júnior, ex-executivo da Odebrecht, o sonho do ex-senador e ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) era ser ministro da Fazenda, mas "o partido nunca aceitou que ele fosse".

Galeria da enrolados
No remodelado Piantella, em Brasília, antigo frequentador observou que as paredes do restaurante agora estão forradas de dezenas de fotos de políticos. E observou: "Estão todos na lista do Fachin...".

Garganta profunda
Guido Mantega utilizou R$ 50 milhões da Odebrecht para o PT & cia., a partir de 2010. Em 2014, o então ministro da Fazenda pediu de Marcelo uma nova contribuição de R$ 100 milhões para a reeleição de Dilma.

Crime explícito
Uma das revelações mais graves de Marcelo Odebrecht é que ele tratava de propina com Guido Mantega quando ele era ministro da Fazenda. Ou seja, o sujeito que tomava conta da chave do cofre.

Virada ética
Ao criticar o foro privilegiado e a impunidade, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF): "O poder tem que ser um instrumento do bem e da justiça. Não pode servir para ajudar amigos e perseguir os inimigos. Esta é a virada ética que precisamos no Brasil".

Nem precisava expertise
A Odebrecht entrou de gaiata na compra suspeita de cinco submarinos franceses, no governo Lula. Foi subcontratada por R$ 3,3 bilhões para algo que jamais havia feito antes: construir um estaleiro de submarinos.

Patrocínio
Marcelo Odebrecht disse que Guido Mantega pediu R$ 1.599.000 para a revista Brasileiros. Ao contrário do caso da Carta Capital, onde Odebrecht bancou patrocínios, ele mandou a Braskem fazer anúncios e deduziu o custo do patrocínio do "saldo" do PT com a Odebrecht.

Advocacia no CNMP
Os advogados Erick Venâncio Lima, do Acre, e Leonardo Accioly da Silva, de Pernambuco, representarão a OAB no CNMP, o órgão de controle externo do Ministério Público.

Pensando bem...
...não há horas suficientes no dia para assistir aos depoimentos da megadelação da Odebrecht.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

De política e virgindade
Geddel Vieira Lima saiu do PMDB hostil a Lula para ministro da Integração Nacional do primeiro governo do petista. Para explicar sua transformação, ele reuniu a bancada da Bahia, na Câmara dos Deputados, e tascou:
- Em tempo de citações eróticas, devo dizer que aos 18 anos eu definia o caráter da mulher pela virgindade; aos 48, considero isso uma besteira...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br