Imagem ilustrativa da imagem CLAUDIO HUMBERTO



STF: Temer tem compromisso com SP e Moraes
Paulista de Tietê, o presidente Michel Temer assumiu compromisso tácito com seu Estado para nomear um conterrâneo para uma eventual vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Isso é o que fortalece a opção pelo ministro Alexandre de Moraes (Justiça) para a vaga do ministro Teori Zavascki, morto quinta-feira (19) em desastre aéreo. Temer também teria compromisso com o próprio Moraes de nomeá-lo.

Três paulistas
Dias Toffoli foi o último paulista empossado no STF, em 2005. Há mais dois de São Paulo, na Corte: Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

Bancada reduzida
Lewandowski não conta: ele é da turma de S.Bernardo, mas nasceu no Rio. Celso de Mello pode antecipar aposentadoria a qualquer momento.

Bancadas estaduais
Além dos três paulistas, o STF é hoje tem três cariocas, dois gaúchos, um mineiro e um do Mato Grosso. Nenhum do Nordeste ou do Norte.

Qualificação
Constitucionalista, professor universitário e membro do Ministério Público, Alexandre de Moraes é considerado qualificado para o cargo.

Cunha e Maia têm despesas idênticas na Câmara
Sob gestão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ou do antecessor, o presidiário Eduardo Cunha, a farra com a chamada "Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap)", o "cotão", foi basicamente a mesma. De julho a dezembro de 2015, Cunha na presidência, foram gastos R$116,8 milhões com cotão. Sob comando de Maia, no mesmo período de 2016, a Câmara consumiu quase o mesmo: R$103 milhões.

Chapéu alheio
A redução de sessões, pelas eleições e as Olimpíadas, explica o gasto de R$13 milhões a menos com o "cotão", na gestão de Rodrigo Maia.

Saco sem fundo
O "cotão" é uma espécie de cheque em branco para os parlamentares, que podem ressarcir qualquer gasto, por mais absurdos que sejam.

País rico
Além da verba do "cotão", que paga restaurantes, combustíveis, hotéis motéis, passagens aéreas etc, o político recebe R$ 33,7 mil de salário.

Correndo para o abraço
Apesar da sua ligação a Alexandre de Moraes, o presidente Michel Temer sabe que indicando Sérgio Moro à vaga de Teori Zavascki, é só correr para o abraço com a opinião pública.

Estabilidade no emprego
Seja quem for o novo relator da Lava Jato, dificilmente abrirá mão de Marcio Schiefler, que atua como coordenador da assessoria do falecido ministro Teori Zavascki. Rigoroso como o antigo chefe, Schiefler só não é muito popular entre os advogados dos envolvidos na bandalheira.

Jogada esperta
O pretendido "lançamento" da campanha de Lula, em abril, faz parte da sua própria estratégia de criar embaraços a sua aguardada prisão. A ideia é alegar que é vítima de um plano para "impedir" sua candidatura.

O grampo de Janot
O procurador-geral Rodrigo Janot, que conhece o valor de telefonemas gravados, também grava as ligações de telemarketing que recebe. E ainda avisa o interlocutor. É uma conduta que deveria ser seguida.

Ciúme de você
O Banco do Brasil, que aportou R$ 9 bilhões no pré-custeio da Safra 2017-2018, não gostou da participação da Caixa Econômica no programa. A Caixa destinou R$ 3 bilhões, mas concorre com o BB.

Máquina obesa e cara
O governo federal vai torrar R$ 306,9 bilhões para pagar salários e benefícios de servidores, aposentados e pensionistas, em 2017. São cerca de 2 milhões de pessoas, cerca de metade na ativa.

Linha cruzada
A Secretaria de Saúde do governo do Distrito Federal enfrenta a aflição mensal de pagar as próprias contas de telefone. Pudera. No total, são 8 mil linhas usadas, muitas vezes, como se fossem particulares.

Só no Congresso
Apesar de ter sido aprovada no Distrito Federal a lei que regulamenta o Uber, é competência exclusiva da União legislar sobre trânsito e transporte, de acordo com o Artigo 22, da Constituição.

Pensando bem...
...nem Nostradamus conseguiria prever os desdobramentos da Lava Jato.

PODER SEM PUDOR

Ah, se existisse blog...
Os boatos já tomavam Brasília, naquele 25 de agosto de 1961, quando o então ministro da Justiça de Jânio Quadros, Pedroso Horta, reunia-se a portas fechadas com o presidente do Congresso, senador Moura Andrade. Repórter atento e muito competente, Murilo Melo Filho estava no outro lado da porta, quando Pedroso Horta saiu do gabinete de Moura Andrade.
- Murilo, veja se isto lhe interessa – disse Horta, estendendo-lhe um papel.
Era nada mais nada menos que a carta-renúncia de Jânio Quadros.

Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br