Lava Jato quer Cunha preso por muito tempo
A força-tarefa não tem interesse em negociar acordo de delação premiada com Eduardo Cunha, segundo fontes ligadas à investigação, porque o ex-deputado é um dos "alvos finais" e principalmente porque representa um dos maiores "troféus" na caçada aos corruptos, iniciada há dois anos pela operação. A Lava Jato não vai colaborar para relaxar a prisão de Cunha. Ao contrário, quer garanti-la por muitos anos.

Chances remotas
Cunha teria de entregar bem mais que políticos já encrencados, para emplacar delação: a mulher, a filha e amigos como Henrique Alves.

Não tem papo
A Lava Jato não quer papo, nem acordo, com Cunha. Sua prisão foi muito festejada na força-tarefa, que espera sentenças rigorosas.

Um especialista
Se decidir mesmo negociar delação, Eduardo Cunha usará o advogado paranaense Marlus Heriberto Arns. É um especialista na matéria.

Fala, Palocci
Ao contrário de Cunha, Antonio Palocci tem chances de fechar acordo de delação, caso ajude com revelações sobre outro alvo final: Lula.

Drogas invadem quartéis das Forças Armadas
Levantamento do Superior Tribunal Militar (STM) mostra que os casos de uso, tráfico e porte de drogas nas Forças Armadas aumentaram 337,5% nos últimos 12 anos. Cerca de 95% dos flagrados são soldados e recrutas de 18 anos. Os principais envolvidos são cabos e soldados com até 21 anos, solteiros e com baixa escolaridade, que alegam em juízo ser "esporádico" o uso da droga e/ou se declararam viciados.

O crack avança
O tráfico de crack nos quartéis é maior que o de maconha, o que é ainda mais preocupante. Devastadora, o crack é a "droga sem volta".

Número crescente
Em uma sessão do STM, esta semana, metade das 16 ações julgadas era de uso e tráfico de drogas em quartéis das Forças Armadas.

STM não pega leve
É rígida a jurisprudência do STM sobre drogas em quartéis. Nunca é aceito o princípio da insignificância, adotada em outros tribunais.

Devolve, PT
Escorraçado nas urnas, o PT está entre as "entidades sem fins lucrativos" que mais levam dinheiro do governo: R$ 61,7 milhões só em 2016. Mais que todo o custo do programa de cisternas para o Nordeste.

Jogada infantil
No Planalto, os profissionais da política já manjaram que a fofoca sobre "delação premiada" de Eduardo Cunha é só tentativa infantil de fabricar uma crise para tentar atrapalhar votações do ajuste fiscal.

Oportunista
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que jamais reclamou dos seguidos aumentos das taxas de juros, agora considerou "tímida" a redução de 14,25% para 14% ao ano.

Loteria
Desempregado, Rodolfo Almeida, ex-parceiro de um "ET", ganhou na loteria Justiça do Trabalho, uma indenização milionária do SBT. Em 29 de abril, a sentença foi confirmada pelo TST, mas o SBT tem recorrido.

Indústria da esperteza
Em 2016, até agora, já são 125 mil ações trabalhistas nos Estados Unidos, 75 mil na França, 5 mil no Japão e... 3 milhões no Brasil. Eis por que se fala tanto na "indústria" alimentada pela Justiça do Trabalho.

Melancias se agitam
O senador Hélio José (PMDB-DF) mede forças com políticos do centro-oeste pelo controle da Sudeco, órgão regional de desenvolvimento. A dúvida é se indicará uma melancia, que ele diz ser capaz de nomear.

Vaga aberta
Abriu no dia 6 a vaga do advogado Emmanoel Campelo Pereira como representantes da Câmara no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Dois nomes a disputam: Felipe Cascais e Renato Ramos.

Ainda na oposição
O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) diz que votou favorável à PEC 241, que limita gastos públicos, porque "sempre defendi o ajuste fiscal". Diz que fará oposição ao governo Michel Temer até seu último dia.

Amor não é tudo
Após a prisão de Eduardo Cunha, a classe política descobriu que não é o amor que dá aquela sensação de paz e felicidade, mas sim o rivotril, poderoso tranquilizante.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Fora do ar
A CPI dos Correios discutia o formato dos depoimentos quando o deputado Jamil Murad (PCdoB-SP) criticou o "exibicionismo" da oposição ao governo Lula. Mas, é claro, fez uma simpática saudação "aos telespectadores da TV Senado". Rápido no gatilho, Heráclito Fortes fez Murad perder o rebolado:
- Deputado, a TV está desligada!...
Todos caíram na gargalhada.

Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br