CPI não poderá apurar assassinato de depoente
A CPI da Funai e do Incra, cuja prorrogação foi negada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a pedido do PT, deixará de investigar, entre outros crimes, a morte do produtor rural Gilmar Borges, nas cercanias de Brasília. Gilmar era arrendatário de 247 hectares no Gama (DF) havia 40 anos, mas a terra foi invadida pelo MST e sua vida virou um inferno, até ser executado aos 78 anos, dias após depor na CPI.

Relatório secreto
O relatório sobre o caso Gilmar cita a deputada Érika Kokay (PT-DF), que apoiou a invasão do MST, por isso ganhou o carimbo "reservado".

Apoio político
Gilmar contou à CPI que era ameaçado pelo MST e os invasores se reportavam a Érika Kokay, que estaria "por trás" das invasões.

Fonseca nega
Apareceu na investigação o nome do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), mas ele nega. Acha até que se trata de homônimo.

Estranho silêncio
Procurada, a deputada petista Érika Kokay não respondeu aos questionamentos da coluna, nem mesmo por sua assessoria.

Governo nega reajuste ao Itamaraty e culpa PSDB
O senador e ministro José Serra (Relações Exteriores) provocou um grande mal-estar, nessa terça (23), após chegar – atrasado – no almoço do tucano Tasso Jereissati (CE) com senadores que apoiam Michel Temer. Serra disse que estava lá para fazer um apelo pela aprovação do reajuste do Itamaraty, mas, desolado, soube que o Palácio do Planalto não mandava o projeto porque seu partido, o PSDB, vetaria.

PSDB não veta
A afirmação de Serra provocou imediata reação dos tucanos, que garantem não vetar coisa alguma e que nem sequer foram consultados.

Dor de cabeça
Após o impeachment, a fofoca do Planalto sobre o comportamento da bancada do PSDB vai dar dor de cabeça em Michel Temer.

Discutindo a relação
No DEM, a reação é idêntica: o líder Ronaldo Caiado (GO) avisou que após a destituição de Dilma o partido vai rediscutir o apoio a Temer.

Impeachment de montão
Palavra de atento deputado federal do PT que torce pelo término da novela: se Dilma escapasse do julgamento no Senado, enfrentaria ao menos outros nove pedidos "muito consistentes" de impeachment, inclusive pelo "conjunto da obra" de corrupção em seu governo.

Torcida na Saúde
Funcionários do Ministério da Saúde dão como certa a substituição do ministro Ricardo Barros, a quem se referem como "Trump brasileiro" desde a bobagem que disse sobre homem trabalhar mais que mulher.

Lula, Lochte brasileiro
A oposição considera processar o ex-presidente Lula por falsa denúncia de crime, como o nadador mentiroso dos Estados Unidos, Ryan Lochte. Lula disse à ONU ter sido "punido" na Lava Jato, mas ele foi apenas denunciado por envolvimento em vários casos de corrupção.

QG do mal
Funcionários do Senado já compreenderam o papel do ex-ministro Gilberto Carvalho em sua boquinha no gabinete do senador Lindbergh Farias (PT-RJ): criar factoides favoráveis ao impeachment.

Mandou muito bem
Carlos Nuzman foi esperto. Como o colega que organizou a olimpíada de Barcelona, ele designou um diplomata experiente, embaixador Agemar Sanctos, para destravar os delicados assuntos institucionais e internacionais, como um diretor do Comitê Rio 2016. Foi um sucesso.

Atitude digna
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) dá o exemplo: em vez de faltar, decidiu se licenciar para trabalhar na campanha eleitoral da Paraíba. Assumirá a liderança o senador Paulo Bauer (SC).

Líder em tempo de crise
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, precisa de novo líder na Câmara Legislativa, após a renúncia do anterior, enrolado no escândalo da vez. O deputado Professor Israel (PV) dormiu líder, mas estão no páreo Rodrigo Dalmácio (PTN) e Reginaldo Veras (PDT).

A vez dos radialistas
É de autoria do líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), o projeto que cria a identidade profissional de Radialistas, como jornalistas, advogados ou arquitetos. É antiga reivindicação da classe.

Pensando bem...
...no caso da investigação da chapa Dilma-Temer no TSE, pau que bate em presidenta, bate em presidento.

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PODER SEM PUDOR

Despacho único
Hélio Garcia era governador de Minas e tinha um jeito especial de trabalhar. Ou de não trabalhar: delegava tudo. Certa vez, o deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), secretário de Saúde, tomou medidas que se chocavam com a corrente progressista em Saúde Pública. Hélio mandou desfazê-las:
- Nomeei você porque eu não queria um conservador, queria um comunista!
Foi o único despacho de chefe e chefiado em dois anos no cargo.

Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
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