Imagem ilustrativa da imagem Cláudio Humberto



"No nosso governo, não há criminalização das causas sociais"
Novo ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), petista que é aliado do MST

Dilma agora quer definir o presidente do Senado
Como se não bastasse a troca atabalhoada dos lideres do governo, a presidenta Dilma resolveu tomar decisões da política interna do Legislativo, influindo na eleição do presidente do Senado. Ela disse ao novo líder, Eduardo Braga, que prefere o ministro e senador Edison Lobão (PMDB-AM) substituindo José Sarney na presidência. Em tom de fofoca, Braga logo contou a novidade aos principais interessados, causando estupefação: Renan Calheiros é pré-candidato do PMDB.

De volta ao Estado
Dilma disse ao líder do governo, segundo ele relatou a senadores, que Renan Calheiros seria "um ótimo candidato a governador de Alagoas".

Bolas trocadas
A presidenta trocou as bolas, porque o projeto de Edison Lobão é disputar o governo do Maranhão, e o de Calheiros é presidir o Senado.

Batendo chapa
O líder de um partido governista fez as contas e concluiu: "Renan tem votos para vencer qualquer candidato preferido por Dilma".

É morcego
Um senador do PMDB definiu a troca de líder do governo na Casa: "Dilma quis fazer um beija-flor, mas acabou produzindo um morcego".

Dilma rejeitou cinco indicações e o PR rompeu
O novo Líder do Governo no Senado, Eduardo Braga, experimentou o primeiro fracasso: sete senadores PR romperam com o governo. O PR decidiu isso após Dilma recusar os cinco nomes sugeridos para o cargo de ministro dos Transportes: o presidente do PR-BA, Cezar Borges, e os deputados Wellington Fagundes (MT), Luciano Castro (RR) e Milton Monti (SP) e o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues.

Gota d'água
Líder do governo, Eduardo Braga é inimigo do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM), e sua escolha foi decisiva no rompimento.

No balcão
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), diz que o partido continuará "independente" na Câmara: "O diálogo está aberto com o governo".

Cabra de fé
Eleito ontem presidente, o ministro Carlos Ayres Brito é o único nordestino no Supremo Tribunal Federal. Assumirá em 19 de abril.

Chumbo trocado
O Brasil começou antes do prazo a reciprocidade com espanhóis. Um deles contou ao jornal La Vanguardia que foi "mal tratado" e barrado em São Paulo: exigiram visto de trabalho para participar de uma feira. O jornal teme uma "barreira" contra jovens buscando emprego no país.

Trapalhona irada
A presidenta Dilma ficou uma arara com as criticas à sua inabilidade na troca de líderes. Preocupada com a trapalhada, ficou de cara amarrada durante a posse do ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário).

Agora é tarde
Dilma só soube ontem que, à exceção de Renan Calheiros e Romero Jucá, um único senador poderia pacificar a base aliada: Valdemir Moka (MS). Tem bom trânsito nas duas alas do PMDB, no PT e na oposição.

Repeteco
O governo do DF soube que a polícia civil do governo tucano de Minas tenta envolver o governador petista Agnelo Queiroz em favorecimento de laboratório farmacêutico, quando foi diretor da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa já investigou e descartou a acusação.

Sacrifício familiar
Após a posse, caiu a ficha e o ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) confessou a tristeza: agora não poderá visitar toda semana a sua cidade, Caxias do Sul (RS), onde permanecerão a mulher a filha.

Ele tem a força
O voo 6225 Salvador-Brasília, das 9h de ontem, atrasou quase 1 hora, com a Avianca procurando passageiro para trocar com o governador Jaques Wagner (PT-BA), que precisava embarcar. Wagner entrou no avião debaixo de uma grande vaia e desembarcou correndo no DF. 

Justiça de pijama
Punido com aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça, o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do RJ Roberto Wider desistiu de recorrer. Vai curtir a aposentadoria em paz.

Mão amiga
O Brasil doou US$50 mil para reconstruir a cidade de Biser, no sul da Bulgária, assolada por uma enchente que matou dez pessoas, mês passado. O pai de Dilma era búlgaro, e ela visitou o país, em 2011.

Pergunta proibida
Depois dos cigarros "com sabor", a Anvisa também vai proibir parlamentares de viajar em jatinhos dos planos de saúde?

PODER SEM PUDOR
O lobby dos enforcados
Em 1988, uma comitiva do Ministério da Indústria e Comércio tentava com o governo Saddam Hussein quitar dívidas de US$ 2 bilhões com empresas brasileiras, entre elas a Mendes Júnior. Ressabiado, o deputado da extinta Arena Israel Pinheiro avisou ao ministro Roberto Cardoso Alves:
- O pessoal do Saddam que saber mais do "contrato dos enforcados".
Pergunta daqui, pergunta dali, "Robertão" matou a charada: Saddam mandou enforcar funcionários iraquianos subornados pelos brasileiros.
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Com Ana Paula Leitão e Teresa Barros
www.claudiohumberto.com.br