Afastado por assédio pode ganhar R$ 76,6 mil
Afastado sob acusação de assédio sexual, o embaixador João Carlos Souza-Gomes, chefe da representação do Brasil na FAO, continua recebendo o salário de US$ 12.745,98 (sujeito ao abate-teto para não superar a remuneração de ministro do Supremo Tribunal Federal), além de "verbas indenizatórias" de US$ 13.617,50 mensais, sem abate-teto. No fim, o assediador pode embolsar, em reais, até R$ 76.619,52.

Cara regalia
Com o abate teto, o salário do embaixador cai para US$ 9.964,49 brutos. Convertidos em reais, vai a R$ 32.750,29.

Tudo por conta
As "verbas indenizatórias" de US$ 13,6 mil de um chefe de posto como o embaixador João Carlos Souza-Gomes somam R$ 44.756,64.

Conta de somar
Embaixador recebe representação, encarregatura, auxílio-moradia, auxílio–familiar e até fator de correção cambial e inflacionária

É uma praxe
Souza-Gomes foi afastado por 60 dias, "sem prejuízo da remuneração" por decisão do corregedor do Itamaraty, Márcio Araújo Lage.

Fundo partidário já pagou R$ 636 milhões em 2017
Com pagamentos a partidos políticos de quase R$ 60 milhões apenas no mês de outubro, o Fundo Partidário atingiu os R$ 636,3 milhões nessa farra até 31 de outubro. A expectativa é que o total distribuído aos partidos supere os R$ 750 milhões até o final de 2017 mesmo com a decisão do governo federal de contingenciar as verbas do fundo para este ano. O fundo partidário serve para bancar as atividades dos partidos e dos políticos, como viagens (incluindo jatinhos), estadia etc.

Primeiro
Mesmo em desgraça, o PT foi o partido que mais recebeu verbas do fundo em 2017: R$ 68,3 milhões. Até o fim do ano serão R$ 80 milhões.

Só em multas
Até agosto, a Justiça Eleitoral distribuiu entre os partidos políticos R$ 55,8 milhões arrecadados apenas com multas e penalidades eleitorais.

Multas recicladas
As multas eleitorais, por campanha antecipada por exemplo, são pagas à Justiça Eleitoral e depois redistribuídas entre os partidos políticos.

Vexame no Rio
Tão constrangedor quanto revogar a prisão de deputados acusados de corrupção foi a ausência de protesto na rua, à exceção de alguns gatos pingados e curiosos na porta a Assembleia Legislativa do Rio. Eram 10 policiais por jornalista e cinco jornalistas por "manifestante".

Sinuca de bico
Deputado estadual, Rafael Picciani (PMDB-RJ) ao menos se absteve na votação da Assembleia do Rio que revogou a prisão ao seu pai. Além dos 39 que votaram a favor, outros dez não deram as caras.

O céu é o limite
A água invadiu gabinetes na Câmara. Assessores que ligavam para andares de cima reclamado de vazamentos ouviam a mesma resposta: "Está vazando do andar de cima". O Anexo IV tem 10 andares.

Borocoxô
Combinou com a tarde chuvosa de sexta, em Brasília, o início borocoxô do 14º Congresso do PCdoB. Não tinha faixas, militantes e nem povo. Só se percebia o dinheiro público do fundo partidário saindo pelo ralo.

Bola de ferro no pé
Levantamento do Paraná Pesquisa mostra que o ex-presidente FHC pode ser prejudicial a candidatos em 2018. Para 40%, o apoio de FHC diminuiria chances de voto. Para 49,4%, o apoio não faz diferença.

Quadrilha assustada
Está no Tribunal Regional Federal da 4ª Região a ação sobre propinas pagas pelo Grupo Keppel em contratos da Sete Brasil para fornecer sondas à Petrobras, em contas secretas no exterior e para o PT.

Provocação
O setor que dedetiza a Câmara dos Deputados contra pragas não atua sem ser provocado, daí a proliferação de escorpiões. Se funcionários registrarem queixa, eles agem; se não, que se virem.

Golpe no cantor
O delegado Eli José de Oliveira, de Goiânia, que investiga golpe milionário contra 30 correntistas do Santander, informou que o prejuízo já alcançou R$4 milhões. Entre as vítimas está o cantor Leonardo.

Pergunta ao MPT
Se ministra Luislinda acha que vive como escrava com "só" R$ 33 mil/mês, o serviço público brasileiro não deveria entrar para a "lista negra" do trabalho escravo?

Imagem ilustrativa da imagem Barrinhas no discurso



PODER SEM PUDOR

Barrinhas no discurso
Ao defender seu cliente Duda Mendonça na tribuna do Supremo Tribunal Federal, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro ("Kakay") reclamou da dificuldade de enfrentar o procurador-geral da República, destacando que enquanto Roberto Gurgel toma cafezinho com os ministros, ele não tem acesso nem mesmo a barrinha de cereais. Assistentes do colega dele José Luís de Oliveira Lima, que defende José Dirceu, não resistiram à brincadeira: compraram-lhe uma barrinha de cereais. Mas, ao entregá-la, Kakay agradeceu e recusou:
- Eu não gosto de barrinhas...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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