STF marcou julgamento antes do insulto de Renan
Está marcado desde sexta (21), três dias antes da coletiva de Renan Calheiros insultando um juiz, o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) da ação que prevê o afastamento de autoridade da linha sucessória presidencial que virou réu na Justiça. Por isso, não se pode atribuir a "retaliação" o julgamento marcado para a próxima terça (3). Ministros do STF suspeitam, até, que Renan convocou a rara coletiva, criando o insulto "juizeco", para fazer parecer que o julgamento seria "retaliação".

Há precedente
O precedente explica a afobação de Renan: o STF afastou Eduardo Cunha por avaliar que réu não pode estar na linha sucessória.

Decisão na quinta
A ministra Cármen Lúcia decidiu na quinta (20) incluir na pauta do dia 3 a ação que deixa Renan nervoso, e publicou a decisão na sexta (21).

Desviando o foco
Ministro do STF disse achar que Renan quis desviar o foco, insultando o juiz: em vez de obstrução da Justiça, discute-se "invasão" do Senado.

Corporativismo
A reação exagerada à operação da PF pode despertar o corporativismo e fazer o Senado aprovar a lei de Renan contra "abuso de autoridade".

Repatriação ‘lavou’ dinheiro que continua lá fora
A Lei de Repatriação de dinheiro de brasileiros no exterior, de origem provavelmente criminosa, resultou apenas no pagamento dos impostos e multas camaradas previstos, na prática "lavando" os recursos. Além dos tributos, entre R$ 18 e R$ 20 bilhões até agora, nenhum centavo a mais foi repatriado. Significa que uma lei foi criada com o objetivo de "legalizar" um dinheiro que, na prática, continuará investido no exterior.

Último dia
A adesão à Lei de Repatriação de Ativos vigora até a próxima segunda-feira (31), último dia para os interessados aderirem ao programa.

Vai ter repeteco
Defensor da Lei de Repatriação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pode provocar a retomada de sua discussão ainda este ano.

Desconfiança
A Lei de Repatriação nasceu sob desconfiança: o autor do projeto original foi o ex-senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).

Desapontamento
A Polícia Federal ficou desapontada com a decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira de não renovar a prisão do diretor da Polícia do Senado, homem de confiança de Renan Calheiros. A PF contava com a prisão preventiva para fortalecer os fortes indícios de obstrução da Justiça.

Merreca
O governo federal precisou de quatro meses e meio para atingir R$ 1 trilhão em arrecadação este ano. É uma montanha de dinheiro, mas apenas um terço da dívida pública brasileira.

Tem pai que é cego
O Cade não vê problemas no interventor do Grupo Cascol, investigado por crime de cartel de combustíveis do DF, ser sócio de um familiar do dono da empresa sob intervenção. Tampouco que o interventor tenha negado ao próprio Cade, antes de escolhido, relação com os donos.

Importância zero
A decisão da ONU, dando seguimento à acusação de Lula contra o juiz Sérgio Moro, alegando "perseguição", não é nada, não é nada, não é nada mesmo. Até tem tudo para virar a pá-de-cal de Lula no exterior.

Quem tem medo da UNE?
Projeto do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) cria a CPI da UNE, mas já existe comissão idêntica, pronta para funcionar, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, parece ter medo de autorizá-la.

Teste final
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) vai demonstrar sua capacidade de articulação como relator da PEC que fixa limite dos gastos públicos para comprovar. Ele é o favorito na disputa para presidente do Senado.

Sete Brasil se reestrutura
A Sete Brasil confirma 28 contratos de afretamento de sondas com a Petrobras. Mas admite só dará continuidade às entregas das sondas após viabilizar seu plano de reestruturação. E diz desconhecer seus 5 contratos, de US$ 1,3 bilhão cada um, listados no site da Petrobras.

BTG investiu em 2011
Investigada na Lava Jato, a Sete Brasil recebeu investimentos do Banco BGT Pactual e fundos geridos por ele em 2011 e 2012. A empresa foi criada no âmbito da Petrobras no ano de 2010.

Pensando bem...
...o grupo gastões contra a PEC 241, usando nas ruas até comissão de frente e bateria, está a um passo de virar escola de samba.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Esqueça o que Barão disse
Ao inquirir o empresário Antônio Velasco, na CPI dos Correios, o então deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que no impeachment de Dilma Rousseff ganharia o apelido de "Rolando lero", descontraiu o ambiente sisudo ao lembrar a célebre frase do Barão de Itararé:
- Negociata é aquele bom negócio para o qual não fomos convidados...
Após tantas denúncias de roubalheira nos governos petistas, Cardozo já deve ter esquecido a frase que tanto apreciava.

Com André Brito, Gabriel Garcia e Tiago Vasconcelos
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