De acordo com a Vigilância de Saúde, além de alimentos vencidos havia produtos  estocados irregularmente
De acordo com a Vigilância de Saúde, além de alimentos vencidos havia produtos estocados irregularmente | Foto: Paulo Monteiro



Cambé - Uma operação deflagrada em Cambé (Região Metropolitana de Londrina) apreendeu mais de 40 toneladas de alimentos em um supermercado localizado no Jardim Vitória, nesta quarta-feira (19). A maior parte dos produtos era de carne. A ação teve a participação de agentes do Procon-Cambé, Vigilância Sanitária e Polícia Civil. Cerca de 20 caminhões foram usados para transportar os alimentos até o aterro sanitário do município, onde a carga foi enterrada. O estabelecimento foi interditado e o proprietário foi preso pela suspeita de cometer crimes contra a economia e as relações de consumo. Segundo o delegado de Cambé, Roberto Fernandes, havia produtos com prazo de validade de 2012.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde de Cambé, Carla Chinaglia, a infração é considerada gravíssima e o proprietário do supermercado ainda será alvo de um processo administrativo municipal. Ela informou que, além de carnes, alimentos não perecíveis encontravam-se estocados irregularmente e fora da validade. "Além da data de validade superada, foram encontrados vestígios e fezes de ratos. Alguns produtos encontravam-se deteriorados e mal conservados", disse a diretora. Segundo ela, a denúncia foi feita inicialmente ao Procon por um cliente do estabelecimento. Na sequência as demais autoridades foram acionadas.

O delegado de Cambé, Roberto Fernandes, coordenou parte da operação e prendeu em flagrante o empresário, que tentou se justificar. "Ele afirmou que a mercadoria não seria vendida. Contou que os produtos estavam separados e seriam descartados. No entanto, para nós, tudo isso seria comercializado. Encontramos mais mercadorias em um sítio. Elas também seriam de propriedade do empresário", afirmou o delegado. "Foi encontrada uma embalagem de salmão que estava fora do prazo de validade desde 2012", acrescentou Fernandes, informando que o empresário não possuía antecedentes criminais. Segundo ele, a pena para os crimes contra as relações de consumo é de dois a cinco anos de prisão.