A 16ª edição do Vestibular dos Povos Indígenas, que está com inscrições abertas até o dia 9 de setembro, será realizada neste ano na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Sete universidades estaduais oferecem seis vagas cada para cursos de graduação. Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) oferece dez vagas em cursos de graduação e técnicos pós-médios a pertencentes das etnias indígenas e residentes no Brasil.
O vestibular é diferente dos convencionais. Os candidatos escolhem primeiro a universidade onde querem estudar e se aprovados definem o curso. Eles são submetidos a provas oral e objetiva (com cinco questões de cada disciplina do ensino médio), além da redação. "É um vestibular temático. No primeiro dia, eles fazem uma prova oral para avaliarmos a proficiência da língua portuguesa e se eles têm compreensão do conteúdo", explicou o presidente da Comissão Universidade para os Índios (Cuia Estadual), Wagner Roberto Amaral.
A prova oral não é nenhum bicho de sete cabeças, mas pode ser um obstáculo para quem é mais tímido. Por isso, o estudante de Direito da UEL, Elon Lucas Jacintho, de 25 anos, da etnia Guarani, aconselha os candidatos a praticarem a conversação em público. "Tem que se desinibir, falar com as pessoas. Na prova oral, eles dão um texto para lermos e um tema para discorrer. É como uma interpretação de texto", comentou o jovem, que estuda Direito na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Natural da Comunidade Laranjinha, em Santa Amélia (Norte), o jovem quer concluir o curso, passar no exame da Ordem dos Advogados (OAB) e prestar assistência jurídica para as comunidades indígenas.

Grupo étnico, indivíduos que se diferenciam por sua especificidade sociocultural, como língua, religião e maneiras de agir

Domínio de um determinado campo, no caso a língua. Competência, capacidade, habilitação

O Programa Folha Cidadania é o desafio social da Folha de Londrina no combate ao analfabetismo funcional