Qual o papel da nutrição funcional?

Alguns alimentos têm funções terapêuticas. É comprovado, por exemplo, que o tomate ajuda a prevenir o câncer de próstata, que a soja alivia os sintomas da menopausa, que o alho ajuda a diminuir a pressão alta e que o peixe ajuda a reduzir os níveis de colesterol elevado.
A nutrição clínica funcional se especializa em trabalhar com esses e outros inúmeros alimentos. É uma maneira dinâmica de abordar, prevenir e tratar desequilíbrios corporais e orgânicos que geram doenças. Estes desequilíbrios ocorrem devido à inadequação da qualidade da nossa alimentação, do ar que respiramos, da água que bebemos, dos exercícios (a mais ou a menos) e alterações emocionais que passamos. Estão ligados a distúrbios da saúde física, mental e emocional, manifestado-se por meio de enxaqueca, insônia, depressão, hiperatividade, distúrbios de concentração, memorização e aprendizagem, alterações de humor, ansiedade, compulsões, irritabilidade, problemas intestinais, rinites, sinusites, dores musculares e articulares, fadigas inexplicáveis, alterações na libido, dermatites, obesidade, entre outras.
A premissa da nutrição funcional parte do princípio que as substâncias (nutrientes) presentes nos alimentos regulam as funções das células as quais são formadas por nutrientes. A preocupação é fazer com que o nutriente que sai do alimento chegue até às células, segundo as necessidades de cada indivíduo.
Portanto, a nutrição funcional observa e analisa como o nosso organismo interage com o alimento e como funciona o processo de nutrição (digestão e absorção), promove saúde, previne doenças e sintomas indesejáveis, auxilia uma melhor qualidade de vida. Pode-se ter uma dieta saudável, mas se, por algum motivo, não conseguir absorver os nutrientes, a pessoa não vai se nutrir, e estes desequilíbrios de nutrientes na célula poderão gerar doenças.
Por meio da ingestão adequada de alimentos funcionais ou sob forma de suplementação prescrita em quantidade e qualidade, a fim de que o organismo receba todos os nutrientes essenciais ao seu bom funcionamento, e ainda garantir que estes alimentos sejam bem digeridos, absorvidos e utilizados.

Kelly Franco de Lima, nutricionista funcional (Londrina)

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