Imagem ilustrativa da imagem SOLIDARIEDADE - Voluntariado mantém a ONG Viver
| Foto: Celso Pacheco
Grupo de voluntárias que atuam na organização de Londrina: gratificante



Uma boa parte do trabalho desenvolvido na ONG Viver vem do esforço de voluntários que atuam em diversos setores dentro da entidade. Antes de começarem a exercer qualquer atividade, eles passam por entrevista com psicólogo e treinamento e, então, escolhem a área de maior interesse ou afinidade. No artesanato, por exemplo, há nove voluntárias fixas e a produção é vendida em bazares e feiras. Todo o dinheiro arrecadado é destinado à manutenção do espaço.
Os voluntários chegam de diferentes formas até a ONG londrinense que atende crianças e adolescentes com câncer. Alguns vão até a casa para comprar os produtos feitos pelos artesãos e acabam se oferecendo para ajudar, outros conhecem a entidade nos estandes montados em feiras e bazares e há aqueles que são levados por outros voluntários. Foi assim com Maria Aparecida Marques Lima, que há quatro anos dedica seu tempo à ONG. "Sempre quis fazer trabalho voluntário, mas não tinha tempo. Depois de me aposentar, conheci a Dorian (Guerra, fundadora da casa) em uma palestra. Vim conhecer o local e fiquei no grupo de artesanato. Acompanhando o tratamento das crianças atendidas aqui, a gente percebe a importância do apoio que a casa dá a elas."
Olinda Hort Celli atua na casa há seis anos, desde que a irmã dela, que era voluntária na cozinha, a convidou para conhecer o local. "Peguei amor pela causa e trabalhava durante os eventos. Neste ano, comecei a participar do artesanato. É muito gratificante ver o bem que a gente faz", disse. "A gente faz o bem para o outro, mas muito mais para a gente. Tenho carinho e amor pelas crianças. Aqui, somos uma família", comentou Adriana Giovanoni Palu que conheceu a ONG depois que o pai dela teve câncer.
Para Miriam Perez Klarosk Helenas o voluntariado foi fundamental para que ela superasse um momento de grande dificuldade na vida profissional. Quando a comerciante viu os clientes minguarem, decidiu usar o tempo livre na loja para produzir peças de artesanato para a ONG. "Foi esse trabalho que me segurou psicologicamente. Não tinha tempo de ficar queimando a cachola com meus problemas. A gente ajuda, mas o retorno que a gente tem é muito maior."
Miriam também levou a filha Jessica para a casa. Por exigência da faculdade, Jessica precisava desenvolver trabalhos solidários e decidiu procurar a ONG Viver. Como tem muita afinidade com crianças, escolheu a área de recreação. A ideia era ficar três meses, mas já se passaram três anos. Atuar diretamente com as crianças em tratamento contra o câncer obrigou Jessica a aprender a lidar com a dor e a perda e teve momentos em que pensou em desistir, mas o carinho que recebe das crianças com quem convive a ajuda a prosseguir com o voluntariado. "Não tem o que paga. Sinto muita calma no meu coração. O carinho que recebo aqui é muito grande."