Curitiba - A expectativa de mudanças anima o motorista Jorge Paixão, do ônibus Ligeirinho. Mesmo que seu serviço continue igual, ele espera que, com o novo terminal, pelo menos o humor dos usuários do transporte, que hoje viajam muito apertados dentro dos carros, mude um pouco. "Tem dia que só falta a gente apanhar dos passageiros", conta.
Também a auxiliar de cozinha Joelma Bornatte aguarda com ansiedade o fim do "empurra-empurra" que diz enfrentar diariamente no Terminal do Alto Maracanã. Ela, que se considera uma pessoa calma, confessa que às vezes perde a paciência com o grande volume de pessoas no local. Segundo Joelma, elas muitas vezes não respeitam nem pessoas com criança de colo, como é o caso dela, com a filha de apenas dois meses. "Ninguém respeita, todo mundo quer ir sentado", desabafa.
Para a comerciante de cigarros, Roseli Bonfin, o novo terminal pode trazer incerteza para os seus negócios. "Para os passageiros vai melhorar, para os vendedores não, vai depender se o fiscal vai deixar", avalia ela, referindo-se à proibição da venda de seus produtos nesses locais. (A.A.)