Um comunicado interno despachado pelo Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura de Cambé está causando receio em alguns servidores. Segundo o documento, os funcionários que trabalham no município e moram em Londrina receberão, a partir do início de dezembro, apenas um vale-transporte de Londrina para Cambé.

A decisão foi divulgada em 10 locais, como escolas, postos de saúde e Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), onde trabalham os funcionários. Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura disse que a medida será tomada porque as linhas de ônibus de Londrina "passam bem perto das unidades citadas, descartando assim a necessidade do servidor circular na área urbana de Cambé e, consequentemente, receber o vale-transporte para deslocamento dentro da cidade".

Conforme a assessoria, "o benefício não será cortado de ninguém. A medida foi tomada para regularizar a situação de quem está recebendo a mais". A adequação não foi bem recebida pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Cambé (Sindserv). O presidente do órgão, Carlos Mello, adiantou que deve se reunir ainda nesta terça-feira (14) com o setor jurídico para estudar quais providências podem ser tomadas.

Ele estima que aproximadamente 75 servidores da Educação, Assistência Social e Saúde serão afetados. "Estamos tentando uma reunião com a secretária de Administração. Os trabalhadores estão receosos. Se cortarem o vale-transporte, os professores não irão trabalhar", argumentou. Mello esclareceu que o Sindserv pode entrar com uma ação na Justiça para tentar reverter a decisão da prefeitura. "Não descartamos nem paralisar os serviços", finalizou. Hoje, Cambé tem mais de dois mil funcionários.