A inclusão de uma sexta etapa nos concursos, em que os postulantes teriam que passar um período probatório na Escola de Magistratura, também é vista com bons olhos pelos especialistas da área. Para o advogado Sérgio Staut, não basta só colocar novas disciplinas, mas mudar o processo de avaliação, incluindo, além das provas, o curso de formação dos magistrados. Para ele, essa é a mudança mais positiva esboçada pelo CNJ. Como comparação, ele cita o Instituto Rio Branco, que prepara os profissionais da diplomacia brasileira. ''Passa para entrar, fica dois anos lá e aí sim pode ser aprovado'', conta.
Na opinião de Staut, essa mudança poderia transformar a realidade jurídica brasileira, uma vez que os aprovados nos concursos seriam devidamente preparados para a função. Na sua percepção, muitas pessoas que, hoje, procuram esses concursos não têm a vocação necessária e visam apenas resolver sua vida econômica.
Também pensa assim o advogdo Isaías do Carmo. Segundo ele, com as novas regras, a seleção dos bons profissionais ficará mais criteriosa. ''Os aventureiros vão morrer na praia, vão ficar os bons'', acredita. (A.A.)