A falta de segurança nas escolas municipais motivaram a realização de uma reunião pública, no dia 29 de março, na Câmara Municipal de Londrina (CML). O encontro reuniu representantes da Polícia Militar, Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS), Secretaria Municipal de Educação (SME) e da sociedade civil, além de professoras e diretoras, e foi coordenado pelas comissões de Educação, Cultura e Desporto e de Segurança Pública.

A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, relatou que, além das invasões às escolas, os funcionários sofrem com assaltos durante os períodos de entrada e saída dos alunos. "O prejuízo é imenso, porque temos que fazer a reposição constante de merenda e material escolar, além de trocar as portas. Quando mexem na merenda, temos que inutilizar tudo", afirma ela, que já fez solicitações à Guarda Municipal e à Polícia Militar para reforçar a ronda do entorno das instituições. "Também estamos pedindo para os funcionários sensibilizarem a comunidade sobre o problema", diz.

A secretaria lembra que o maior prejuízo é das crianças e lamenta o fato da vizinhança não se sentir responsável pelas escolas. "Eles não sentem que a escola pertence à comunidade e não cuidam. Isso é muito triste", avalia. Uma solução para o problema, segundo a gestora, seria o investimento em ações de aproximação com o entorno das instituições nos fins de semana. "Já são realizadas algumas atividades com igrejas e grupos de escoteiros", antecipa.

Na reunião, o secretário municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, defendeu que a permanência dos guardas nas ruas e não em apenas uma instituição é uma estratégia de segurança mais eficiente. Ele citou duas ações que devem colaborar para a queda nos índices de violência nas escolas a curto prazo. Uma delas é a contratação, por meio de licitação, de empresa que fará o monitoramento de instituições públicas, com instalação de câmeras e alarmes. "O termo de referência está praticamente pronto e o edital deve ser aberto entre junho e julho", informou. Outra medida será a aquisição de câmeras inteligentes, que detectam movimentos e acionam alarmes, para instalação, prioritariamente, em locais mais suscetíveis.

Entre as propostas apresentadas durante a reunião pública estão a instalação de câmeras de segurança nas escolas com imagens compartilhadas entre Guarda Municipal e Polícia Militar; contratação de inspetores; oferta de casas junto às escolas para os guardas municipais, caso tenham interesse em habitá-las; criação da figura do professor mediador de conflitos internos; reforço da Guarda Municipal Escolar Comunitária (Gemec) e melhoria dos serviços de iluminação e de capina e roçagem nas escolas. As propostas serão analisadas pelas comissões de Educação e de Segurança Pública da Câmara e, se for o caso, encaminhadas ao Executivo.