Curitiba

Albari RosaSandra Maria Ferreira, técnica em laboratório do HC, foi vacinada ontemRepresentantes de 60 instituições de ensino e ligadas à saúde se reúnem hoje, às 10 horas, na Fundação Nacional de Saúde, para discutir estratégias de combate ao sarampo em Curitiba. Depois de dois anos sem o registro de casos novos da doença, de janeiro a agosto o Paraná já confirmou 76 casos, principalmente entre adultos. O último registro no Estado aconteceu em 1994, com três casos.
Em Curitiba, onde foram confirmados dez casos nos últimos dois meses, a Secretaria Municipal de Saúde está realizando o bloqueio da doença nos locais onde há casos de suspeita ou confirmação da doença. O objetivo é vacinar todas as pessoas que tiveram contato com alguém que possa estar contaminado.
Até sexta-feira, os funcionários do Hospital das Clínicas da UFPR devem ser vacinados. O HC confirmou um caso entre os funcionários. Na PUC, onde também houve a confirmação de um caso, a vacinação foi realizada na semana passada.
O encontro de hoje na Fundação Nacional de Saúde deve ter a participação do secretário municipal de Saúde de Curitiba, João Carlos Baracho, além de diretores de escolas, hospitais e laboratórios.
No Brasil, o número de casos saltou de 61, no ano passado, para 3.971 entre janeiro e agosto deste ano. O Ministério da Saúde vai promover o bloqueio da doença nas regiões com surto. A Secretaria Estadual já recebeu 100 mil doses da vacina, mas aguarda mais 500 mil - que podem ser utilizadas em caso de epidemia.
Sintomas - O sarampo é uma doença infecciosa, causada por vírus de elevado poder de contágio. Os sintomas da doença são os mesmos em crianças e adultos: febre, mal estar e tosse. Como também há coriza, os sintomas podem ser confundidos com gripe. Também podem surgir conjuntivite e manchas brancas na boca, seguidas por manchas avermelhadas na pele.
As complicações mais comuns são pulmonares e auditivas. A transmissão acontece pelas vias aéreas, entre seis dias antes do aparecimento de erupções na pele até quatro dias depois disto. O período de incubação é de sete a 18 dias. Para quem já teve a doença, não há perigo de um novo contágio. Para quem já tomou a vacina durante a infância, uma nova aplicação serve como reforço.