Responsabilidade também é do pedestre

Uso da faixa é obrigatório, segundo Código de Trânsito Brasileiro | Foto: Anderson Coelho

Agentes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização realizaram na manhã desta segunda-feira (22) uma ação para conscientizar a população sobre o uso correto da faixa de pedestres. Eles distribuíram panfletos produzidos pelo Detran/PR, ressaltando que o cuidado no trânsito não deve vir apenas de quem está no volante. O material impresso esclarece que se a pessoa estiver a 50 metros da faixa atravessar nela é obrigatório, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro.

O material também traz orientações aos pedestres, como olhar para os dois lados da rua e fazer a travessia em linha reta, além de reforçar a importância de não circular entre os carros. No panfleto também há a orientação de não ter pressa ao atravessar a rua; de aguardar o semáforo fechar para os veículos e, se o local tiver sinal para pedestres, esperar ficar verde para poder cruzar a via.

Outra orientação do Detran é que confiar somente na faixa de pedestres não basta – é preciso ter certeza que o motorista está vendo a pessoa. Segundo o coordenador de Educação no Trânsito da CMTU, Carlos Eduardo Ribeiro, é preciso deixar clara a intenção de atravessar. "É importante sinalizar para o motorista. É preciso que o pedestre vá até a borda da faixa, acene com a mão e veja no olho do motorista para ter certeza de que ele está te enxergando", afirma.

Ribeiro ressalta que em muitos atropelamentos a culpa é do pedestre, porque ele se colocou em uma situação de risco. "Muitos atravessam fora da faixa e, às vezes, mesmo com o trânsito rápido, alguns insistem em atravessar. A orientação é para que o pedestre venha para a faixa e observe se não vem uma moto no corredor e se os veículos pararam realmente para fazer a travessia", aponta, explicando que algumas vezes o motorista reduz a velocidade (dando a impressão que vai parar), mas é porque está procurando o número de um imóvel, por exemplo.

A estudante de espanhol e francês, Janilda Maria Rodrigues, destaca que a ação da CMTU é fundamental para buscar um comportamento mais seguro. Ela conta que conhece uma pessoa que foi atropelada e teve uma lesão grande no pé. "Esse acidente acabou tendo consequências não só para ela, mas para a família também. Além disso, esses acidentes de trânsito geram uma ocupação maior dos hospitais e gera mais gastos para o Estado", observa.

Recentemente a CMTU atuou no reforço da sinalização com a implementação do "kit escola" no entorno de várias instituições de ensino em diferentes bairros. O kit é composto por placas de velocidade máxima permitida, faixas de travessia bicolores e legendas sobre a presença de escolares no entorno. A população pode solicitar a pintura de vias pelos canais de comunicação da companhia, que são o endereço cmtu.londrina.pr.gov.br e o telefone (43) 3379-7900.

ATROPELAMENTOS
Em 2017, entre os meses de janeiro e abril, Londrina registrou 107 atropelamentos, segundo informações da CMTU. Do total, seis levaram as vítimas a óbito, sendo que metade das mortes envolveu idosos acima dos 60 anos. No mesmo período de 2016, foram 104 pessoas atingidas por veículos nas vias da cidade, com 9 incidentes fatais.