Londrina - Uma ''ação'' que poderia beneficiar o egresso do sistema prisional procedente de zona rural e que envolvia os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o da Justiça está engavetada em Brasília (DF). A ideia era que o preso, assim que cumprisse a pena, tivesse facilidade na liberação de crédito para a compra de terra.
Conforme a Secretaria de Reordenamento Agrário do Programa Nacional de Crédito Fundiário do MDA, a ação, batizada de ''Nascer da Terra'', englobaria todos os egressos caracterizados como trabalhadores rurais. O objetivo era garantir o acesso à terra a quem tinha o perfil para se desenvolver no campo. ''É uma ação de inclusão social, contrária à exclusão que ele havia sentido no campo'', defendeu o Ministério.
Mas até aí o preconceito contra o egresso do sistema penitenciário está impondo sua força. O projeto está engavetado em Brasília e nenhum dos ministérios se arriscou a apostar se ele vai ou não se tornar realidade. Segundo o MDA, a ação envolvia não só o governo federal mas também estados e municípios, que deveriam aderir à ação. O problema é que até a semana passada, apenas o Rio Grande do Norte e Alagoas haviam demonstrado interesse. Uma outra tarefa, ainda mais dura, será convencer os bancos a emprestar dinheiro não para o cidadão que cometeu um erro e pagou sua pena, mas para um ex-presidiário. (L.A.)