São aproximadamente 40 opções ofertadas pelos grupos de Economia Solidária: clientes levam para casa artigos exclusivos e ainda podem fazer encomendas e personalizá-las
São aproximadamente 40 opções ofertadas pelos grupos de Economia Solidária: clientes levam para casa artigos exclusivos e ainda podem fazer encomendas e personalizá-las | Foto: Fotos: Saulo Ohara



Neste período do ano, quando todos estão em busca de presentes, os artesãos do Programa Economia Solidária de Londrina trabalham sem parar. Além da exclusividade dos produtos, a crescente prática de consumo consciente tem ajudado a alavancar as vendas. E, nesse clima solidário, todo mundo sai ganhando. "Quem compra contribui com a geração de renda dos artesãos, com o meio ambiente, pois são artigos e alimentos com menor impacto possível, e ainda colabora para o desenvolvimento local", afirma Ezylda Maria Magro, coordenadora de gestão no Programa Economia Solidária.

Além do preço justo, que varia de R$ 2 a R$ 100, os clientes levam para casa produtos exclusivos e ainda podem fazer encomendas e personalizá-los. "São cerca de 40 opções, desde velas decorativas, mini panetones, guirlandas, guardanapos, cobre-bolos, brinquedos em madeira, caminhos de mesa, entre outros", detalha a coordenadora.

Na manhã desta terça-feira (5), Maria Cristina Ferreira Santos levou a irmã Célia Regina dos Santos, que mora em Bandeirantes (Norte Pioneiro), para conhecer as opções ofertadas no Centro Público de Economia Solidária. "Tem muita coisa legal. Nós adoramos artesanato e dá para ver que são trabalhos minuciosos e criativos", diz a moradora de Londrina. Ela aproveitou para comprar uma lembrancinha para a irmã e para o filho que mora nos Estados Unidos. "Tenho certeza que ele vai gostar", conta.

A artesã Renata Patrícia Fogaça está otimista: "Fiz 20 peças e só sobraram essas duas. Agora, estou correndo para produzir mais"
A artesã Renata Patrícia Fogaça está otimista: "Fiz 20 peças e só sobraram essas duas. Agora, estou correndo para produzir mais"



EXPECTATIVA
Os números de 2016 revelam o quanto a venda dos artigos natalinos são importantes para os empreendedores. No mês de outubro, o faturamento dos grupos foi de R$ 2.600. Logo após o lançamento dos itens de Natal, o valor subiu para R$ 3.400 e em dezembro saltou para R$ 9 mil.

A Secretaria Municipal de Assistência Social tem a expectativa de superar estes números neste ano. A artesã Renata Patrícia Fogaça também está otimista com as vendas. Ela produz bonecas de panos e para o Natal dobrou a produção com personagens como o Papai e Mamãe Noel, duendes, entre outros. "Fiz 20 peças e só sobraram essas duas. Agora, estou correndo para produzir mais. Essa época do ano para nós é muito especial", comenta.

Ela costura os bonecos à mão e faz o acabamento na máquina. Cada Mamãe Noel demanda uma dedicação de aproximadamente oito horas. Fogaça conheceu o programa um ano atrás, através da cunhada e conta que neste tempo, sua produção dobrou. "A gente se profissionaliza. Depois que tive meu segundo filho, fui buscar aprender novas técnicas, fazer disso uma fonte de renda extra. As vendas daqui me ajudam a pagar os materiais, luz, telefone e comprar alimentos para minha família", ressalta ela, que também atua como manicure.

PROGRAMA
O Economia Solidária existe há 12 anos em Londrina, fornecendo apoio técnico, assessoria e capacitação à produção e comercialização de produtos. Atualmente, são 60 empreendimentos envolvidos, representando cerca de 200 pessoas nas áreas de produção de artesanato, prestação de serviços, alimentação e confecção.

O Programa é conduzido pela Prefeitura de Londrina, através da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Serviço: Os produtos natalinos estão à venda no Centro Público de Economia Solidária (av. Rio de Janeiro, 1.278), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h; e na Casa da Economia Solidária Café e Arte (Praça 7 de Setembro), de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, conforme o horário do comércio.