As dificuldades enfrentadas pelas ONGs que realizam a coleta seletiva em Londrina já causam prejuízos ao meio ambiente. Pelo menos 40 toneladas de material reciclável não estariam sendo recolhidas diariamente, segundo informações da Central de Pesagem e Vendas (Cepeve), desde que os grupos de recicladores reduziram o ritmo de trabalho por causa de dificuldades financeiras. Portanto, em vez dos barracões de separação de lixo reciclável, o destino dos resíduos tem sido o aterro controlado de Londrina, localizado no bairro Limoeiro (Zona Leste). O problema agrava ainda mais a situação do aterro, que está com sua capacidade quase esgotada.
  Até o ano passado, as ONGs recolhiam 110 toneladas de material por dia. Hoje, de acordo com a Cepeve, o volume foi reduzido para 70 toneladas. Como os grupos não passam com a mesma frequência pelos bairros e chegaram a suspender a atividade em alguns locais, muitos moradores estão voltando a jogar o material no lixo comum, abrindo mão do hábito de separar os resíduos sólidos do lixo orgânico. O volume de recicláveis misturado ao lixo orgânico teria aumentado nos últimos meses, dificultando, inclusive, o trabalho dos coletores que passam de porta em porta, com o caminhão da empresa que presta o serviço em Londrina.
  Gilmar Domingues Pereira, analista técnico da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), confirmou que há um ‘‘volume considerável’’ de recicláveis chegando ao aterro, mas não soube precisar se a quantidade aumentou. ‘‘Estamos fazendo um levantamento sobre a situação do local, que tem capacidade para funcionar por mais um ano e meio ou dois anos’’, afirmou.


Com a crise econômica, os preços dos materiais recicláveis caíram consideravelmente


Uma preocupação dos especialistas é que, com a crise enfrentada pelo serviço, a população resista em voltar a aderir ao programa de coleta seletiva


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