Há uma semana morando num prédio localizado na Rua Porto Alegre, Área Central de Londrina, a comerciante Natalina de Jesus Medeiros levou um susto ao avistar pela sacada do prédio uma enorme quantidade de água acumulada na laje de uma antiga obra localizada na Avenida Leste-Oeste. Para ela, que está preocupada com os altos índices de dengue na cidade, o local pode ser um grande foco do mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti.
''Antes de me mudar, quando fazia a limpeza do apartamento, já via a água lá. Fico preocupada porque sabemos como o problema está ficando cada vez pior. Até liguei lá na prefeitura para informá-los'', comentou.
Para Maurício Barros, diretor de Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde, a iniciativa da moradora é ''extremamente importante''. Porém, o local, assim como outros pontos da cidade, já faz parte do trabalho de monitoramento da prefeitura. Segundo ele, Londrina conta com 400 pontos estratégicos onde os agentes da saúde passam, de 15 em 15 dias, para evitar que se transformem num foco do mosquito.
''São locais como esse e também borracharias, ferros-velhos. Os agentes passam e colocam um granulado na água, chamado larvicida. Esse composto não deixa o mosquito depositar seus ovos na água'', explicou.
Até ontem Londrina registrava 558 casos de dengue, sendo 46 importados e 512 autóctones. Segundo a gerente da Vigilância Epidemiológica, Sônia Fernandes, um grande mutirão está previsto para ocorrer na manhã de hoje envolvendo a Secretaria de Saúde e Defesa Civil. ''Vamos estar concentrando o pessoal na Concha Acústica e outros dois grupos no posto de saúde do Lindóia (Zona Leste) e posto Alvorada (Zona Oeste)'', disse.
Serviço - Quem quiser informar sobre algum local com água acumulada em excesso que possa facilitar a proliferação do mosquito da dengue pode ligar para o 0800-4001893.