Nove meses após a sanção da Política Municipal Antipichação em Londrina, prédios públicos e imóveis particulares continuam sendo alvo de pichadores. A dificuldade de identificação dos autores do ato de vandalismo é apontada pelo poder público como o principal entrave da lei, que prevê multa aos pichadores ou responsáveis. O secretário municipal de Defesa Social, coronel Rubens Guimarães de Souza, também cita a falta de envolvimento da sociedade como um fator que contribuiu para a ineficácia da medida.
"A adesão da população não aconteceu, as denúncias não aumentaram, as pessoas não se envolveram como se esperava. A lei, por si só, não faz diferença", disse. "Convocamos taxistas, mototaxistas e contávamos com as câmeras de empresas. Todo esse pessoal foi convocado, mas o combate depende de um conjunto de ações. Não adianta achar que a Guarda Municipal e a Polícia Militar vão resolver sozinhas porque não vão. O município precisa do apoio da sociedade", cobrou o secretário.
A Secretaria Municipal de Defesa Social não tem um balanço que aponte os resultados da lei antipichação, mas Souza ressaltou que nos últimos dois anos houve redução de mais de 80% nas pichações nos locais monitorados por câmeras.
Apesar da declaração do secretário, o que se vê pela cidade ainda é um grande número de estabelecimentos comerciais que tiveram suas fachadas pichadas ou muros residenciais cobertos pelos símbolos deixados pelos grupos de pichadores. Na Praça Pedro dal’Col, no Jardim Higienópolis (região central), é difícil encontrar uma residência ou estabelecimento comercial que não teve o muro pichado.

Marcações feitas, geralmente com tinta spray, em paredes e edifícios vagos como forma de protesto.

Destruição ou estrago que se faz em bens públicos, monumentos históricos, propriedades particulares, todos atos criminosos.

O Programa Folha Cidadania é o desafio social da Folha de Londrina no combate ao analfabetismo funcional