Para muitas famílias, os cães e gatos são muito mais do que animais de estimação, eles já fazem parte da família. Os pets vivem dentro de casa em contato direto com as pessoas, o que exige uma atenção a mais com a saúde.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unifil, Maira Salomão, explica que a realização do esquema completo de vacinação é fundamental. ''Quando aplicada desde filhote, ela é capaz de evitar o contágio de doenças graves, algumas que podem até ser fatais se não houver tratamento específico, como a cinomose'', enfatiza.
No caso do cão, a médica veterinária recomenda que a vacinação seja realizada por um profissional de confiança logo após o desmame do filhote, com 45 dias de vida. Ele receberá a primeira dose da vacina óctupla (V8) ou déctupla (V10). A diferença entre as duas é que a V10, além de proteger contra diversas doenças como cinomose, parvovirose, 2 tipos de leptospira (L. canicola e L. icterohaemorrhagiae), hepatite infecciosa, coronavírus, parainfluenza e adenovírus tipo 2, como a V8, ainda protege contra mais 2 tipos de leptospira (L. grippotyphosa e L. pomona).
Após o prazo de 21 a 30 dias, Maira explica que o proprietário deve levá-lo para receber a 2 dose da V8 ou V10. A terceira dose será aplicada após o prazo de 30 dias também, juntamente com a aplicação da vacina anti-rábica. Após a realização do esquema completo de vacinação para filhotes, o cão deve ser vacinado anualmente com uma dose da vacina V8 ou V10 e uma dose da vacina anti-rábica.
Já para os gatos, a especialista orienta que com 60 dias de vida o filhote receba a 1 dose da quintupla felina, que protege contra a panleucopenia, a rinotraqueíte, a calivirose, a clamidiose e a leucemia felina. A 2 dose da vacina será aplicada após os 90 dias de vida, juntamente com a vacina anti-rábica. Maira acrescenta que o reforço dessas vacinas também deverá ser anual para os gatos.
E, tão importante quanto a vacinação, é também a escolha de um profissional habilitado para a avalição geral da saúde do animal, segundo a especialista. ''Ele pode estar com febre, com uma indisposição, com a imunidade muito deficitária e, neste caso, o organismo não terá condições de reagir à substância e criar células de memória'', alerta, acrescentando que, como consequência, ao invés do proprietário proteger o animal, ele estará expondo-o a uma doença.
''Quando o animal é filhote, nem o proprietário, nem o veterinário sabe ainda se ele tem alergia a algum componente da vacina. Mas mesmo que ele tenha uma reação no dia seguinte, o veterinário já conhecerá o estado de saúde do animal e entrará com a medida necessária'', observa a profissional.
A veterinária lembra que o filhote não deve, sob hipótese nenhuma, sair de casa, nem ter contato com outros animais sem ter terminado de receber todas as vacinas.