Segundo a psicóloga Eliane Maio, docente da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o processo para criar a resolução que autoriza o uso do nome social na instituição teve início em 2013, após a solicitação de uma aluna. "Apenas em 2015 foi oficializado. Toda a documentação escolar sai com o nome social, apenas o diploma sai com o nome de registro, porque é um documento que irá para fora da universidade. Até agora três alunas fizeram a solicitação do uso do nome social", afirma. Os candidatos ao vestibular também podem fazer a solicitação.
"O uso do nome social é uma luta pela identidade de gênero, já que elas se enxergam como mulheres. Usar o nome social traz a sensação de pertencimento. Quando saiu o primeiro livro de chamada com o nome social elas ficaram muito felizes. Acredito que as universidades devem acolher essas pessoas", destaca.
Eliane critica a dificuldade de mudança do nome de registro, que é bastante burocrática. "As alunas estão em busca de fazer a alteração. A sociedade está começando a aceitar o nome social e isso implica no bem-estar da pessoa. Afinal de contas, para quem chama não faz diferença chamar pelo nome A ou B. Precisamos olhar para a diversidade, as pessoas continuam as mesmas. Elas precisam ser acolhidas, isso não é um modismo. Por outro lado, as pessoas trans também devem buscar seus direitos", destaca a psicóloga. (E.G.)