Escola Municipal San Izidro foi interditada: danos nos portões e no telhado
Escola Municipal San Izidro foi interditada: danos nos portões e no telhado | Foto: Saulo Ohara



Por causa da forte tempestade que caiu em Londrina em segunda-feira (20), o prédio que abriga a Escola Municipal San Izidro (zona leste), no período da manhã, e o Colégio Estadual Heber Soares Vargas, à tarde, foi interditado. A diretora da escola municipal, Rosiane da Silva Mendes de Oliveira, relatou que sete árvores foram derrubadas, uma delas em cima do carro de uma professora. "O portão do refeitório balançou muito e ficou todo torto", contou ela, que no momento da chuva ainda aguardava chegarem os pais de pelo menos 15 crianças. "Levamos todas para a parte de cima da escola. Elas ficaram muito assustadas", relatou.

Amauri Sanchez, engenheiro da secretaria municipal de Educação, informou que o maior prejuízo ao prédio foram os danos a dois portões e à cobertura da entrada, além da perda de quase dez metros de rufos no telhado. A intenção era realizar os serviços emergenciais para que a escola pudesse voltar a funcionar na quarta-feira (22).

A Secretaria Municipal de Educação identificou queda de árvores também nas escolas municipais da Vila Brasil, Miguel Bespalhok e no Centro Municipal de Educação Infantil Elisângela Romano. Nas escolas Mábio Gonçalves Palhano, Maestro Andrea Nuzzi, Maria Irene Vicentini Theodoro e Maria Carmelita Vilela Magalhães foram registrados alagamentos. Houve queda do portão de acesso da Escola Municipal Joaquim Pereira. No CMEI Iracema ocorreu queda do toldo com alagamento em alguns pontos e na escola Suely Ideriha telhas da cozinha quebraram.

De acordo com o secretário municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, este foi o pior evento climático que atingiu Londrina em 2017. "O vento foi o grande problema deste temporal. Tanto, que todas as árvores que caíram eram saudáveis", classificou. "Temos um plano de contingência para eventos deste tipo, com todos os voluntários cadastrados. Agora, é restaurar o que precisa ser feito ainda", pontuou.

UBS
Parte do muro da pista do Aeroporto José Richa caiu e, na praça Nishinomiya, também na zona leste, pelo menos cinco ipês brancos foram arrancados e outras árvores desgalhadas. Estabelecimentos comerciais da região da avenida Santos Dumont foram destelhados e árvores caíram sobre carros. As UBS (unidades básicas de saúde) do Centro e do Armindo Guazzi (zona leste) também foram danificadas.

Na região do Hospital Universitário, na rua Cecília Cesar, uma árvore arrastou um poste e derrubou a fiação elétrica, deixando moradores sem energia. O aposentado Isaías Gomes tentava limpar a sujeira provocada pela chuva na manhã de terça-feira. "Tenho 70 anos e nunca tinha visto algo assim. Graças a Deus minha casa aguentou o vento, mas foi muito assustador ver o poste cair", relatou ele.

MAPEAMENTO
A Defesa Civil estima que os prejuízos aumentem, já que muitas pessoas não entraram em contato para relatar problemas ocasionados pelo mau tempo. Neste momento, está descartado a possibilidade de o município declarar estado de emergência. "Temos dez dias para fechar o formulário de desastres e, se atingirmos mais de R$ 27 milhões de gastos necessários para resolver o evento climático, o prefeito decreta esta situação", explicou Kuceki.

No total, foram registrados sete pontos de alagamentos, ocasionados pelo entupimento de bueiros. Segundo Kuceki, um mapeamento foi passado para a Secretaria de Obras, que irá promover melhorias nos locais. "Com isso evitamos que estas vias voltem a ser atingidas por este tipo de problema", destacou.

A rua Almeida Garret, na barragem do Lago Igapó e que dá acesso à Harry Prochet, continuava interditada, causando transtornos ao trânsito da região. Ainda não existe um prazo para que a via seja liberada. A Secretaria Municipal do Ambiente informou que o Parque Municipal Arthur Thomas foi interditado para visitação pública devido à ação das chuvas e quedas de árvores dentro da área de preservação e pistas de caminhada. Não há previsão para a reabertura.