Para a pedagoga e doutora em Educação Miriam Maria Bernardi Miguel, essas iniciativas de levar atualização aos professores fazem diferença na vida deles, pois muitos cursos de formação são deficitários. "Hoje o conhecimento não é uma coisa estática. Você sai do curso e já está desatualizado porque descobertas acontecem numa velocidade muito grande. Quando o professor vai para dentro da escola, se ele não estiver constantemente se reciclando, fica desatualizado de tudo", afirma ela, que é coordenadora do Núcleo Pedagógico da Unifil.
Miriam enfatiza que tempos atrás nem se falava em sustentabilidade. Hoje, é uma necessidade que o professor entenda do assunto para trabalhar com os alunos. "Antigamente, era tudo estanque. Não se falava em multidisciplinaridade, mas o mundo não quer mais essa pessoa quadradinha", diz.
Para a pedagoga, qualquer curso que é ofertado para que o professor se atualiza faz uma enorme diferença. "É excelente se as empresas estão fazendo esse trabalho de instrumentalizá-los. Mesmo que elas estejam fazendo por questão da responsabilidade social, estão contribuindo para a formação desse docente e o aluno será o maior beneficiado."
Miriam afirma que o aluno de hoje não aceita mais o perfil de professor que chega com o conteúdo pronto. "Você tem que ensinar o aluno a participar do seu desenvolvimento. O professor tem como obrigação trabalhar com metodologias ativas, que colocam o aluno como parte do processo de aprendizagem dele", comenta.
Para ela, a mudança do perfil dos docentes só vai ocorrer com novas metodologias e formação continuada. "É importante as escolas se abrirem para essa iniciativas das empresas", ressalta. (A.M.P.)