Mauro Ticianelli morreu em decorrência de problemas de saúde e foi sepultado nesta segunda-feira em Londrina
Mauro Ticianelli morreu em decorrência de problemas de saúde e foi sepultado nesta segunda-feira em Londrina | Foto: Arquivo FOLHA



Faleceu na madrugada desta segunda-feira (11), aos 77 anos, o advogado e jornalista Mauro Onivaldo Ticianelli. Profissional admirado e respeitado nas funções que exercia, ele morreu em decorrência de problemas de saúde. O velório e sepultamento aconteceram durante à tarde no cemitério Parque das Allamandras.

Ticianelli trabalhou em Curitiba, no jornal Diário do Paraná, onde conquistou o Prêmio Esso de jornalismo por uma reportagem sobre os jagunços. Chegou em Londrina em 1965 para dirigir o departamento de jornalismo da então TV Coroados, que na época fazia parte da Rede Tupi de Televisão. Também comandou a sucursal do impresso O Estado do Paraná. Foi na cidade que cursou direito, formando-se em 1980 como um dos primeiros alunos da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Na vida jurídica trabalhou como advogado até 1992, quando pediu licença para exercer o cargo de juiz classista na Justiça do Trabalho, em Londrina. Na área acadêmica, foi professor adjunto do departamento de direito público do Cesa (Centro de Estudos Sociais Aplicados), de 1981 a 2006. Foi diretor do centro de 1998 a 2002, além de vice-reitor da universidade. Ainda trabalhou como diretor em uma faculdade particular da cidade.

O advogado e jornalista recebeu, em 2009, da Câmara de Vereadores de Londrina, a Comenda Ouro Verde, maior honraria concedida pelo poder público municipal. Seu trabalho era reconhecido no Rotary Club, onde foi governador e presidente por vários períodos. Há seis anos, foi homenageado pela UEL por ter obtido a maior média entre todos os laureados da instituição em quatro décadas.

Amigo de Ticianelli, Marcos Stricker, vice-chefe de departamento do Cesa, lembra com saudosismo dos mais de 30 anos que conviveu com o amigo. "Ele foi professor e diretor do meu centro, onde o conheci. Era uma pessoa muito dedicada e comprometida no que fazia. Sempre se dispôs em lutar por uma instituição melhor e tinha uma personalidade bem marcante neste sentido", relembra.

Outra característica era o carinho com a família, em especial com os três filhos, que também seguiram o caminho jurídico. "Dois filhos deles trabalham como professores no departamento de direito público e são pessoas que têm muito do pai", afirma Nélia Baristi, chefe de departamento do Cesa. O terceiro filho é juiz. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Paraná, em nota, lamentou a morte de Mauro Ticianelli.