Imagem ilustrativa da imagem Mocós: insegurança para a comunidade
Vizinhos relatam que casa de madeira na Rua Amapá estava desocupada há cerca de um ano
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| Foto: Fotos: Gina Mardones
Imóvel no Maria Cecília foi invadido por cinco pessoas, segundo a comunidade



Nos últimos meses tem sido frequente o registro de incêndios em imóveis ocupados por moradores em situação de rua em Londrina. Na madrugada de terça-feira (22), uma casa localizada na Rua Amapá, Vila Filipin (área central de Londrina), foi incendiada. Segundo os vizinhos, o imóvel era usado como mocó.
A dona de casa Jandira Crespo, de 65 anos, reside em frente ao imóvel incendiado. "Eu estava em casa e comecei a sentir o cheiro de queimado. Ainda bem que os bombeiros chegaram logo e conseguiram apagar as chamas", declarou. Segundo ela, a edificação, que é de madeira, foi desocupada há aproximadamente um ano e desde então vem sendo frequentada por moradores em situação de rua e usuários de drogas.
Outro morador da região, Marcos Baltazar Borges, relatou que os estalos das tábuas durante o incêndio se assemelhavam a tiros. "Eu acordei assustado", relatou. Ele também criticou o uso irregular de imóveis desocupados.
"A gente tem crianças, duas meninas, e a presença deles é preocupante", afirmou.
Em fevereiro deste ano, na mesma região, uma casa localizada na Rua Belém também foi consumida pelas chamas da mesma maneira, depois que o imóvel foi invadido. Na época, um dos proprietários do imóvel relatou à reportagem que o imóvel vinha sendo utilizado por andarilhos e que já tinha alertado a polícia sobre isso. Seis meses depois do incêndio, o local continua frequentado por moradores em situação de rua, condição que incomoda o vendedor Vanderlei Ramos, de 45 anos, que trabalha nas imediações. "Eles ficam 'cuidando' (observando) a gente o tempo todo. É preocupante", afirmou.
No mesmo dia do incêndio na Rua Belém, em fevereiro, outro imóvel localizado na Rua Ouro Preto (área central) também foi consumido pelas chamas. Um jovem de 23 anos, que trabalha nas imediações, afirmou que o imóvel também era ocupado não
só por viciados, mas também traficantes. Depois de ser alvo de dois incêndios, a casa foi demolida. Porém, uma outra residência localizada na mesma rua também serve como mocó.
Na zona norte, moradores do Conjunto Maria Cecília estão preocupados com um imóvel que abrigava a associação de moradores. O espaço virou mocó e é ocupado por cinco pessoas. Alex Oliveira, comerciário, disse que a situação preocupa principalmente porque o imóvel é próximo a uma escola, podendo colocar em risco a segurança das crianças.
Perto dali, no Centro Comunitário do Conjunto Luiz de Sá, um local que também foi utilizado por moradores em situação de rua como mocó, hoje está transformado. O local foi reformado e hoje abriga atividades para crianças e aulas de zumba para moradores do bairro há pelo menos um ano.
Já no antigo posto de combustíveis próximo à Rodoviária, na Avenida Dez de Dezembro (zona leste), sempre há moradores em situação de rua no local. O vendedor de redes que fica no local, Geraldo Soares Diniz, contou que a equipe do Programa Sinal Verde, da prefeitura, frequentemente vai ao local e aborda essas pessoas. "O problema já foi pior. Já cheguei a ver 30 pessoas aqui dentro", afirmou.