Em Londrina nesta segunda-feira (4) para assinar a ordem de serviço da obra do campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR), o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou a liberação de cerca de R$ 12 milhões para a construção de seis centros de educação infantil no município. A questão estava pendente desde 2011, e por questões burocráticas e de falta de documentação, o recurso não havia sido disponibilizado.

Imagem ilustrativa da imagem MEC libera verba para construção de seis creches
| Foto: Vivian Honorato/PML


Os novos centros municipais de educação deverão ser instalados nos jardins Belleville, Cabo Frio e Santa Cruz, na zona norte; jardins Tarumã e Santa Clara, na zona leste; e no distrito de Lerroville, na zona sul. A intenção era de que um outro montante fosse autorizado pela pasta para a construção de mais oito CMEIs. "O Ministério da Educação ainda não tem o orçamento para fazer esta liberação", justificou Mendonça Filho.

A partir de agora, cabe ao Executivo o planejamento para abertura de licitação. Depois de iniciada a construção, o tempo previsto para finalização dos trabalhos é de 18 meses. "A ideia é que no primeiro semestre de 2018 possamos estar dando a ordem de serviço para início de construção dessas creches", afirmou o prefeito Marcelo Belinati (PP).

As novas unidades deverão atender 752 crianças de zero a três anos. A fila de espera em Londrina é de 708 meninos e meninas, de acordo com o último balanço da Central Única de Vagas na Educação Infantil. A rede municipal possui 15.316 alunos matriculados.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, crianças de quatro anos também poderão ser recebidas nestas unidades, que oferecerão atividades em tempo integral. "Está no nosso planejamento voltar a atender no tempo integral todas as crianças da educação infantil. Acredito que seja possível começar a recebes alunos nas novas creches em 2019", afirmou.

O fim do tempo integral para o chamado P4 foi alvo de reclamações de pais, que dizem que a secretaria não levou em conta a proximidade com o ano letivo de 2018 e o fato de as crianças perderem direitos adquiridos. Entretanto, Moraes defendeu a medida como necessária para atender as idades de maneira igual. "A partir do ano que vem vamos fazer o atendimento uniforme: de zero a três anos integral e quatro de forma parcial. Temos metas a cumprir do Plano Nacional de Educação e por isso é fundamental que essas crianças voltem para o ensino integral o mais rápido que a administração conseguir."