Imagem ilustrativa da imagem Londrinenses contabilizam prejuízos após tempestade
| Foto: Saulo Ohara


O dia seguinte à forte tempestade que caiu sobre Londrina foi de tentar consertar os estragos causados pelos ventos e enxurradas e contabilizar prejuízos. De acordo com a Defesa Civil do município, a área mais atingida foi a região leste de Londrina, na faixa que compreende os bairros Jardim Aragarça, Aeroporto, San Fernando, San Izidro, Califórnia, Jardim Piza, Monte Belo e adjacências. Houve 141 ocorrências de quedas de árvores na área urbana do município. Também foram registrados destelhamentos em oito imóveis e sete pontos de alagamentos em vias como avenidas Dez de Dezembro, Duque de Caxias, Higienópolis e Paul Harris. Apenas o Corpo de Bombeiros atendeu 25 casos de quedas de árvores que caíram sobre casas, carros ou estavam obstruindo a passagem por ruas da cidade. Conforme a Defesa Civil, os ventos chegaram a 146 quilômetros por hora.

Muitas árvores caíram sobre a fiação elétrica e deixaram pelo menos 15 mil casas sem energia elétrica. A Copel recebeu reforços de 11 equipes da região para trabalhar na reconstrução das redes danificadas. A Sercomtel também estima que até 15 mil clientes tenham ficado sem acesso a serviços de telefone e internet.

Na avenida Dez de Dezembro, muitas árvores caíram e, até na manhã de terça-feira, galhos ainda bloqueavam a passagem de carros. A ponte da rua Charles Lindemberg, que dá acesso do bairro Califórnia à avenida, já tinha sido fechada para tráfego no início do mês devido às chuvas e ficou ainda mais prejudicada. Moradores do entorno relataram que a enxurrada foi muito forte, impedindo inclusive a passagem de carros na Dez de Dezembro.

No bairro San Izidro, atrás do Tiro de Guerra, o prédio que abriga a Escola Municipal San Izidro no período da manhã e o Colégio Estadual Heber Soares Vargas à tarde foi interditado por causa dos estrados causados pela tempestade. A diretora da escola municipal, Rosiane da Silva Mendes de Oliveira, relatou que sete árvores foram derrubadas, uma delas em cima do carro de uma professora. "O portão do refeitório balançou muito e ficou todo torto", contou ela, que no momento da chuva ainda aguardava chegarem os pais de pelo menos 15 crianças. "Levamos todas para a parte de cima da escola, elas ficaram muito assustadas", relatou .

Parte do muro da pista do Aeroporto José Richa caiu e, na praça Nishinomiya, pelo menos cinco ipês brancos foram arrancados e outras árvores desgalhadas. Estabelecimentos comerciais da região da avenida Santos Dumont foram destelhados e árvores caíram sobre carros.

Moradores da região da avenida Harry Prochet também enfrentaram queda de árvores e prejuízos provocados pela chuva. Na rua Camilo Castelo Branco, uma árvore da casa do empresário Ronald Paleari tombou e derrubou a fiação elétrica. "Não estávamos em casa na hora, mas quando chegamos assustamos com o impacto", disse ele, que aguardava a remoção da árvore e o conserto da rede elétrica. "Toda a vizinhança foi prejudicada", lamentou.

A rua Almeida Garret, na barragem do Lago Igapó e que dá acesso à Harry Prochet, continuava interditada, causando transtornos ao trânsito da região.

A Secretaria Municipal do Ambiente informou que o Parque Municipal Arthur Thomas foi interditado para visitação pública, devido à ação das chuvas e quedas de árvores dentro da área de preservação e pistas de caminhada. Não há previsão para o parque ser reaberto.