O diretor do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Francisco Seixas, Edemilson Rodrigues da Silva, relata que trocou todo o telhado para poder proporcionar melhores condições aos alunos. "A prefeitura investiu R$ 150 mil para a troca do telhado no ano passado. Também cedeu tinta para a pintura interna e placas de grama. Quem fez a pintura e a colocação das placas de grama foram os próprios funcionários da escola com a colaboração dos pais", destacou Silva. O CMEI, localizado no Jardim União da Vitória, na zona sul de Londrina, é um dos que estão sendo preparados para o início do ano letivo, nesta quinta-feira (26).

Um dos voluntários do Francisco Seixas foi o secretário da escola, Joel de Souza Soares. "Fizemos essa parceria com os pais e colocamos a grama. Agora está lindo e estamos convidando vizinhos para ver como está o nosso jardim. Quem ganha com isso são as crianças", ressaltou.

Situação bastante diferente do CMEI Tião Balalão (Aracy Soares), no Conjunto Cafezal, também na zona sul. A diretora Wilza Carla de Oliveira diz que desde a forte chuva que caiu em janeiro de 2016 o CMEI está interditado. Há diversas rachaduras nas salas de aula, na cozinha, e nos corredores. "É uma construção antiga e nos dois anexos, onde ficam a cozinha, o estoque e a varanda foram os locais em que houve maior incidência das rachaduras." Além dos problemas decorrentes da chuvarada e dos tremores de terra, a escola estava fora das normas da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros. "Como a escola foi municipalizada em setembro de 2015 estava muito fora das normas, logo os anexos serão demolidos e a escola será totalmente reformada e reformulada. Serão construídos espaços que não existiam", destaca.

Por conta os problemas estruturais, os alunos do CMEI Tião Balalão foram transferidos para o centro comunitário do bairro. "Era um prédio da prefeitura que estava cedido para a associação de moradores. A prefeitura retomou o imóvel e o adaptou para transformar em três das cinco salas necessárias para acomodar todos os alunos." Segundo ela, em 2016, os demais alunos tiveram que ser transferidos para outras escolas da região. Como o CMEI ainda não foi reformado, a tendência é de que isso aconteça novamente este ano, mas com a disponibilização de vagas para turnos parciais pode aumentar o número de crianças atendidas. "No ano passado atendemos 57 crianças. Com essas vagas para turnos parciais esse número vai chegar a 100 crianças."

Na Escola Municipal Maria Carmelita Vilela Magalhães, Jardim Mazzei (zona sul), também está com alas interditadas. "São três salas de aula, uma cozinha, um refeitório, um laboratório de informática e um banheiro", destaca a diretora Lúcia Solange Bueno. "Nós primamos pela qualidade e por isso nos desdobramos, mas é bem sacrificante. Não é fácil ver as crianças comendo o lanche na tenda que montamos. É complicado", desabafa.

A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, destaca que neste período de férias cerca de 20 escolas estão com reformas em andamento. "Treze delas estarão prontas até quinta-feira", garante. Segundo ela, o maior desafio de sua pasta é colocar a infraestrutura das escolas em dia. "As escolas terão prioridade", garante.

A secretaria realiza a "Operação Volta às Aulas". Trata-se de uma força tarefa para os serviços de capina, roçagem, poda de árvores, pintura de muros, limpeza e outras adequações que precisam ser feitas nas escolas municipais e nos centros municipais. A intenção é que todas as 120 unidades escolares sejam beneficiadas por esse mutirão.