As rotatórias, solução viária ainda considerada moderna pelos urbanistas, são fonte de preocupação no cotidiano dos motoristas. A reportagem da FOLHA percorreu a cidade e conversou com leigos sobre a convivência deles com os cruzamentos circulares.
Nos menores e com menos movimento, segundo os entrevistados, o problema é a desatenção dos motoristas, que entram na rotatória sem observar a preferencial de quem já está circulando no cruzamento. ''Há muito desrespeito de quem sobe a (Rua) Catarina de Bora. Eles chegam na rotatória como quem vai passar por um cruzamento qualquer'', reclama o auxiliar de mecânico Edson Barbosa, referindo-se ao cruzamento com a Avenida São João (Zona Leste).
Nas maiores, com movimento intenso, a principal reclamação é em relação ao uso da faixa de rolamento errada e as conversões abruptas. ''Em horário de pico, a situação piora. Muita gente está com pressa e acaba fazendo manobras imprudentes'', opina Alex Vaz, entrevistado na Avenida Leste-Oeste, pouco antes do cruzamento com a Avenida Rio Branco.
Tânia Belizário trabalha em uma clínica de onde se tem uma visão panorâmica da rotatória da Avenida Maringá que fica próxima ao Lago Igapó 2. Psicóloga com especlialização em trânsito, ela afirma que nos horários de pico a rotatória de formato irregular se torna um teste de paciência para quem tenta acessá-la pela rua Professor Joaquim de Matos Barreto. ''Há muita precipitação por causa da impaciência. E é muito comum ver colisões também dentro da rotatória, principalmente quando alguém decide mudar de faixa num ponto inadequado'', analisa.
Alvo de queixas constantes de quem trafega nos cruzamentos circulares, os ônibus são os grandes vilões na rotatória ao lado do Terminal Ouro Verde (Zona Norte). Para entrar no terminal, eles desaceleram, ficam enviezados na pista e causam retenção do tráfego nas duas faixas.
''Minha sugestão é instalar semáforos para organizar o fluxo, diz Jackson Scalassara, gerente de uma metalúrgica que fica na rotatória.(L.F.M.)