Antecipando a campanha nacional de combate a hanseníase que começa somente em outubro, a 5ª Regional de Saúde de Guarapuava lançou a ‘‘Campanha de Eliminação da Hanseníase’’. O alto índice de incidência da doença na região influenciou na decisão de antecipar o trabalho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tolera um caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes. O índice de todo o Paraná no ano passado foi de seis casos para cada grupo de 10 mil habitantes. Nos 22 municípios que integram a 5ª Regional de Saúde, o índice foi de 13 casos para cada 10 mil habitantes.
A Regional de Saúde elaborou projeto para combater a doença e solicitou apoio da ‘‘Associação Holandesa de Combate a Hanseníase’’ para que a entidade viabilizasse a campanha. A associação liberou verba para o treinamento de profissionais. A associação também vai financiar as outras etapas da campanha.
Segundo a chefe da 5ª Regional de Saúde, Maria José Mandú Ribas, a hanseníase está sendo tratada como prioridade por apresentar alto índice de pessoas infectadas. ‘‘Nossa região é endêmica. A campanha visa esclarecer as pessoas de que a doença tem cura e o tratamento fácil’’, disse.
A hanseníase se manifesta com manchas avermelhadas, esbranquiçadas e perda da sensibilidade nas partes afetadas. Se não for tratada logo, pode atingir os nervos, formar caroços, inchaços e provocar até a perda dos cabelos, cílios e sobrancelhas. O contágio se dá por via oral. A hanseníase é a doença que apresenta maior período de incubação, podendo levar de cinco a 10 anos para se manifestar.