Foz do Iguaçu recebe o 11º Mutirão de Prevenção ao Câncer Colorretal, no dia 19 de setembro. A ação visa promover a conscientização a respeito da doença, realizando aproximadamente 50 colonoscopias no Hospital Ministro Costa Cavalcanti em pacientes pré-selecionados nas Unidades de Saúde do município.
O mutirão ocorre por uma parceria entre a Sobed (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva) e a SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia), por ocasião do 66º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, que se realiza na cidade de 20 a 23 de setembro.

Um dos destaques dessa edição é a oportunidade de apresentar este movimento a dois expoentes internacionais: a médica canadense Linda Rabeneck, presidente do Comitê de Prevenção de Câncer Colorretal da WEO (World Endoscopy Organization), e o médico japonês Takashi Toyonaga, professor do Departamento de Endoscopia do Kobe Universiy Hospital.

"Usamos esse evento como potencializador da conscientização a respeito do câncer de cólon e reto, um dos mais frequentes na população brasileira e que, diferentemente do de mama e próstata, não conta com políticas públicas efetivas para seu combate", afirma o médico Lix Alfredo Reis de Oliveira, coordenador da Comissão de Mutirões e Prevenção de Câncer Colorretal da Sobed.

Os pacientes que tiverem diagnósticos de doenças, como pólipos ou câncer, serão encaminhados para tratamento na rede municipal. "Usamos o Mutirão como ferramenta que nos permite identificar lesões pré-malignas e o câncer precocemente, aumentando a chance real de cura", assegura o Oliveira que é também um dos organizadores e idealizador do evento.

"Além de colaborarmos para a redução da fila para colonoscopia nos serviços públicos de saúde, haverá a grande oportunidade de informar os acompanhantes desses pacientes, que chegam motivados para conhecer mais sobre esse tipo de câncer e sua prevenção. Todos poderão ser orientados a respeito da importância da doença e dos mecanismos de rastreio e combate, tornando-se divulgadores dessas informações em suas comunidades e famílias", analisa a médica Maria Cristina Sartor, presidente da SBCP e membro da Comissão de Mutirões e Prevenção de Câncer Colorretal da Sobed.

Os exames serão aplicados em indivíduos entre 50 e 65 anos, com resultado positivo na pesquisa de sangue oculto nas fezes e que não integram nenhum grupo de risco para o câncer de cólon e reto.

CÂNCER COLORRETAL
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 3.190 pessoas devem ser diagnosticadas com câncer colorretal em 2017 – configurando este como o segundo mais comum entre as mulheres e o terceiro na população masculina. Em todo o País, esse número deve ultrapassar a marca de 34 mil pacientes.

Abrangendo tumores que agridem o intestino grosso, o câncer colorretal pode manifestar sinais como sangramento anal, eliminação de sangue ou muco nas fezes e alteração do hábito intestinal, seja com diarreia, seja com constipação. A colonoscopia é exame de grande importância para o diagnóstico precoce e seguimento destes pacientes.