Estacionar o carro no Centro de Londrina não é tarefa das mais fáceis. Além de enfrentar dificuldades para encontrar uma vaga, o motorista ainda corre o risco de ser surpreendido com uma multa ao parar em determinadas vias. O receio surge, pois há trechos com placas indicando a cobrança do estacionamento rotativo Zona Azul, sem no entanto contar com a presença do orientador e tampouco do equipamento eletrônico (parquímetro). A coordenação da Zona Azul reconhece a falta de trabalhadores e afirma que o ideal seria contar com mais 30 orientadores.
A auxiliar administrativo Luciane Maricato Sanches passou por esta situação. Ao estacionar o carro no início da Rua Quintino Bocaiúva (região central), não encontrou o orientador. ''Só tem a placa aqui.'' Na opinião dela, a presença do orientador é fundamental, mesmo nos locais onde há o parquímetro. ''Não podemos ficar reféns do equipamento eletrônico, com a preocupação de comprar créditos com frequência'', afirma.
Para a cabelereira Glaucie Fernanda Siqueira, a placa da Quintino Bocaiúva deveria ser retirada. ''Só causa preocupação aos motoristas, que não deixam o carro na vaga com tranquilidade'', salientou.
Outro trecho que é alvo de reclamação dos motoristas é a Rua Pará, nas proximidades da Avenida Duque de Caxias. A comerciante Gisele Correia contou que desde outubro do ano passado não aparece orientador com frequência. ''Já liguei na CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) para reclamar algumas vezes, pois no meu caso a rotatividade seria interessante. Eles alegam que não têm número suficiente de funcionários. Quando ligo, mandam alguém por dois ou três dias e depois não aparece mais'', relatou.
Segundo ela, os motoristas descem do carro e ficam procurando o orientador. ''Já que a Zona Azul não funciona neste trecho, deveriam tirar a placa'', reivindicou Gisele.