Curitiba
O presidente da Casa do Estudante Universitário (CEU) do Paraná, Roberto Yamashita, vai pedir ao Ministério Público que investigue a possível ocupação ilegal da fazenda Ceulândia. A área pertence à entidade, tem 193 hectares e fica em Antonina (Litoral do Paraná), onde estaria sendo explorada irregularmente por uma madeireira.
A solicitação decorre de uma visita feita à fazenda no último sábado. ‘‘Nós constatamos que uma grande parte da encosta já foi desmatada’’, avisa Yamashita. Segundo ele, isso não poderia acontecer porque trata-se de uma área de preservação permanente. A chamada Mata Atlântica é considerada intocável pelo Decreto Federal nº 750.
Yamashita conta que grupos armados vigiam o local. ‘‘A sede da fazenda não foi ocupada, mas outras casas foram construídas na área’’, esclarece o presidente da CEU. Ele também vai buscar o apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A idéia é viabilizar uma fiscalização no local.
‘‘Suspeitamos que haja corte de palmito e poluição do rio que atravessa a fazenda’’, revela Yamashita. Ele diz que a visita à Ceulândia teve o propósito de avaliar a situação. ‘‘Nossa expectativa é resolver o problema detectado na vistoria e a partir daí negociar a venda da área para o pagamento das dívidas da CEU’’, adianta.
A entidade acumula débitos em torno de R$ 800 mil. Os maiores valores devidos são com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). As dívidas são todas ligadas à manutenção do prédio da CEU, em Curitiba.