Segundo o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD), José Carlos de Oliveira, poucos locais apresentam sinalização nas calçadas para o percurso de pessoas cegas, o conhecido piso tátil. ''Além disso o seguimento é limitado; em alguns casos existe o piso tatil em uma quadra e na quadra seguinte nenhuma sinalização.'' E lembra que a situação dos bairros é bem pior. ''A Área Central é de grande circulação, contudo, precisamos considerar não só locais de comércio e de serviços, mas também a área de habitação'', observa.
O CMDPD tem feito um trabalho de conscientização de limpeza e organização e de estruturação das reformas em calçadas. ''Sempre que observamos uma calçada em reforma e percebemos irregularidades, procuramos informar junto aos responsáves pela planta se consideraram os requisitos de acessibilidade.''
Deficiente visual desde o nascimento, o professor Junio Cesar Santiago Alonso disse que os maiores problemas são os de manutenção. ''Em alguns pontos, principalmente na Região Central, percebo que houve uma reparação significativa. Porém, ainda há locais que estão completamente abandonados, sem manutenção alguma'', diz. E completa: ''Não é impossível andar pelas ruas. Temos que enfrentar a questão de frente, sempre lutando pela nossa inserção'', defende. (M.T.)