fJackson PiaiaGovernadora em exercício conhece o assentamento na Fazenda Baratter, em CascavelA governadora em exercício Emília Belinati (PTB) esteve ontem à tarde em Cascavel para conhecer as áreas de reassentamento de famílias que tiveram terras desapropriadas para a formação do lago da Hidrelétrica de Salto Caxias, que está sendo construída no Rio Iguaçu, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques (77 km ao sul de Cascavel) e Nova Prata do Iguaçu. Antes disso, ela visitou o canteiro de obras da usina, em Capitão Leônidas Marques.
Em Cascavel, Emília sobrevoou os assentamentos de helicóptero e desembarcou na Fazenda Baratter, onde manteve contato com as famílias. ‘‘O projeto é um exemplo de eficiência, pois melhorou a condição de vida dessas pessoas’’, disse. O projeto foi amplamente discutido entre Copel, Crabi (que representa os assentados) e outras entidades.
Na Fazenda Baratter, com área de 309 alqueires, foram assentadas 27 famílias. Além desta área, a Copel adquiriu outras duas fazendas em Cascavel para recolocar as famílias, a Piquiri (com 2.732 alqueires, para 252 famílias) e Refopas (1.090 alqueires, 106 famílias). E entre Cascavel e Campo Bonito, a Fazenda Centenário (600 alqueires, para 43 famílias), além de áreas em Catanduvas, Ibema, Boa Esperança do Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu e Três Barras do Paraná.
As famílias foram autorizadas pela Copel a ocupar as áreas antecipadamente para preparar o plantio da safra de verão. A transferência definitiva só ocorrerá no final do primeiro semestre, quando as casas estiverem totalmente construídas, seis meses antes do fechamento das comportas da hidrelétrica de Salto Caxias.
Para o preparo da terra, os agricultores estão investindo em todas as áreas R$ 5,4 milhões, liberados pela Copel. Para a construção de casas e galpões, são R$ 7,55 milhões. A Copel também investe R$ 270 milhões em terras, divisão de lotes, abertura de estradas e obras de infra-estrutura nos reassentamentos, que contemplam 595 famílias de pequenos proprietários, meeiros e arrendatários, num contingente estimado em 3 mil pessoas. Outros 325 preferiram receber cartas de crédito da Copel para comprar terra por conta própria e indenizações em dinheiro a 1.100 proprietários, totalizando R$ 50 milhões.