Os descongestionantes nasais, os analgésicos, os broncodilatadores, os anticonvulsivantes e os contraceptivos orais são os principais agentes envolvidos nos casos de intoxicação em crianças. ''As principais causas dessa ingestão referem-se à atratividade da embalagem, ao conteúdo de sabor agradável e, principalmente, à ausência de embalagem especial de proteção à criança'', ressalta o pediatra Ricardo Moriya. ''Além disso, fatores como a auto-medicação e a deficiência de vigilância pelos pais no armazenamento e na administração são também responsáveis pela intoxicação.''
O diagnóstico torna-se mais fácil quando os responsáveis (ou a própria criança) informam qual o agente tóxico, a quantidade ingerida e o tempo de exposição. ''Entretanto, muitas vezes, as informações não são precisas ou o diagnóstico de intoxicação aguda corresponde a um diagnóstico diferencial. Nesses casos, somente uma avaliação clínica e laboratorial detalhada permite o diagnóstico de certeza.''
O pediatra ressalta que o tratamento da intoxicação aguda depende do agente tóxico e da via de exposição (digestiva, respiratória, cutânea e percutânea), mas, o mais importante é mantê-lo distante do agente tóxico e encaminhá-lo o mais rapidamente ao pronto atendimento, na busca de um atendimento precoce. (F.C.)