Equipamento foi instalado em 19 pontos com grande fluxo de veículos e pedestres
Equipamento foi instalado em 19 pontos com grande fluxo de veículos e pedestres | Foto: Gustavo Carneiro



Espalhadas pelas regiões de Londrina em 19 pontos com grande fluxo de veículos e pedestres, as botoeiras funcionam na cidade há quase dez anos. O equipamento, que fica acoplado ao suporte do semáforo, é acionado pela pessoa quando ela vai cruzar a via, evitando paradas desnecessárias e não colocando ninguém em risco.
Porém, mesmo com tanto tempo em funcionamento, o equipamento ainda apresenta deficits. A FOLHA percorreu algumas das principais ruas e avenidas para saber a opinião da população e testar as botoeiras. Os pedestres se mostraram satisfeitos, mas pediram algumas melhorias, como na sinalização.

Na avenida Higienópolis esquina com a rua Aminthas de Barros, na zona sul, um dos lados da travessia está sem o equipamento. Quem precisa cruzar no sentido Gleba Palhano tem facilidade, diferente de quem faz o sentido contrário, que é obrigado a esperar um longo período. A mesma situação se repete na esquina da avenida Bandeirantes com a rua Borba Gato (área central), em que um dos suportes está sem o botão, dificultando a passagem.

Trabalhando como vendedor de caldo de cana próximo a esquina, Rodrigo Moura se depara diariamente com pessoas reclamando do problema. "Esse estrago é coisa de vândalo. Direto vejo pessoas esperando um longo tempo para atravessar a rua porque não tem o botão em um dos lados. Os idosos são os que mais ficam esperando", conta.

Nas zonas leste e sul, a reclamação é quanto à demora. Na Estrada dos Pioneiros, esquina com a avenida das Laranjeiras, o longo tempo para aguardar a passagem dos veículos acaba fazendo com que as pessoas se arrisquem. "Depois que aciona, o sinaleiro até fica vermelho, mas demora muito. Minha avó mesmo fala que não funciona. Sempre têm pessoas tentando atravessar com o sinal fechado para pedestre. Se fosse mais rápido, facilitaria", sugere a estudante Idalina Kethelin.

Ponto com grande fluxo em razão de um shopping e de uma universidade, a travessia na Rua Luís Lerco, na zona sul, é um desafio diário para estudantes e trabalhadores. "Não deve funcionar, porque aperta o botão e não acontece nada. É muito ruim pois aqui passam muitos alunos todos os dias. Não sei como não aconteceu nenhum acidente ainda", constata a fotógrafa Tania Silva.

Próxima de bancos e supermercados, a botoeira da avenida Saul Elkind, na zona norte, agrada à população. Sempre passando pelo local, o operador de equipamentos Valdomiro Belmiro elogiou a agilidade do dispositivo. "Sempre estou aqui e não tenho o que reclamar. É muito bom, funciona bem", afirmou. Já a falta de uma placa de sinalização informando sobre o equipamento foi apontado como um problema. "Nunca tinha reparado, só hoje percebi e aprendi. Falta uma placa maior para informar. Quem é de idade vai ser difícil enxergar", observou o aposentado Agermiro Caldeiron.


Um dos mais antigos da cidade, o dispositivo da avenida Duque de Caixas, em frente ao prédio da Prefeitura (zona sul), foi o que melhor funcionou, apresentando o sinal verde para os pedestres logo depois de ser acionado e com placas sinalizando. Ainda assim, muitas pessoas atravessaram a via sem acionar a botoeira durante o tempo que a reportagem esteve no local.

AMPLIAÇÃO
O diretor de Trânsito da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Hemerson Pacheco, afirmou que as botoeiras quebradas já foram consertadas. Ele justificou a demora para o sinal ficar verde em alguns locais por conta dos semáforos três tempos, que acabam fazendo com que seja mais demorada a travessia, diferente das vias que possuem apenas sinaleiro para quem desce e sobe a rua, como nas avenidas Duque de Caxias e Saul Elkind. "Em alguns lugares a espera para ficar verde pode variar de 15 a 60 segundos. Isso é preciso porque se a cada cinco segundos uma pessoa apertar, por exemplo, o trânsito vai virar um transtorno imenso", explicou.

A companhia agora planeja implantar os dispositivos em outras localidades com grande fluxo. "Já encomendamos um estudo para que trazer um onda verde com mais precisão e, consequentemente, a implantação de mais botoeiras", projetou Pacheco. A colocação de placas, informando sobre o dispositivo, nos locais apontados pelas pessoas entrevistadas pela FOLHA também serão colocadas nesta revitalização, segundo ele.

SERVIÇO:
Quem quiser reclamar sobre problemas nas botoeiras pode entrar em contato com a CMTU pelo fone (43) 3379-7600.