Curitiba - Foi exumado, ontem, no Cemitério Santo Antônio, em Ponta Grossa, o corpo do menino João Victor Baratella Matos, de 4 anos, que morreu, no dia 3 deste mês, depois de complicações em uma cirurgia para retirada das amígdalas. Os advogados dos pais da criança pediram a abertura de inquérito policial para apurar se houve erro médico. O atestado de óbito aponta rupturas no estômago e pleura como causas da morte.
De acordo com o delegado de Ponta Grossa responsável pelo inquérito, Danilo Cesto, a primeira providência foi pedir a exumação, pois o cadáver não havia passado por exame de necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O procedimento foi autorizado pela Justiça e teve acompanhamento, ontem, de um médico do órgão oficial da Polícia Civil e de um médico indicado pela família. O delegado não soube informar quando o laudo da exumação será concluído.
Cesto disse que já ouviu o cirurgião, que realizou a intervenção, por último, em João Victor para conter a hemorragia no estômago. O delegado não quis adiantar o teor do depoimento, pois ainda terá que ouvir os demais médicos que assistiram o menino: o que fez a cirurgia nas amígdalas e os anestesistas. ''Tecnicamente, sabemos que a causa da morte foram as duas perfurações - na pleura e na pequena curvatura do estômago. O que queremos saber é por que essas rupturas aconteceram'', afirmou Cesto, que preferiu não divulgar os nomes dos médicos envolvidos.