Os 20 primeiros aprovados no concurso da Companhia Municipal de Urbanização (Comurb) começaram a ser chamados nesta semana em Londrina. A previsão é de que eles comecem a trabalhar após o dia 16, quando termina o aviso prévio dos funcionários contratados irregularmente e que estão trabalhando sob contrato precário.
O concurso, realizado em novembro do ano passado, teve 788 aprovados. A previsão inicial é que seria preciso contratar 105 pessoas para diversos cargos e funções, principalmente para atuar nos terminais urbanos de transporte coletivo. Mas o presidente da Comurb, Kakunen Kyosen, acredita que no máximo 60% dos 105 deverão ser aproveitados pela companhia. ‘‘Vamos contratando por etapas, conforme a necessidade e a disponibilidade em caixa.
Kakunen Kyosen explica que ser aprovado no concurso não significa necessariamente que o candidato será aproveitado. ‘‘O próprio edital diz que o fato de passar no concurso não gera direito à contratação’’, afirma. Ele acredita que dentro de 15 dias deverão ocorrer novas contratações. O concurso público tem validade de dois anos. Os salários variam de R$ 250,00 a R$ 900,00.
O concurso foi realizado para resolver uma irregularidade ocorrida no primeiro semestre do ano passado, quando 212 pessoas foram contratadas sem concurso ou teste seletivo pela Comurb. A alegação, na época, era de que as contratações eram emergenciais. O fato, denunciado pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Londrina (Sindserv), acabou gerando polêmica. Foi instaurada uma sindicância interna da Prefeitura. O promotor especial de Defesa do Patrimônio Público em Londrina, Bruno Gallati, também investiga o caso. Ele já ouviu funcionários e diretores da Comurb, além de vereadores acusados de envolvimento com as contratações irregulares.
A maioria das 212 pessoas foi demitida, sendo que 96 foram mantidas precariamente pela Comurb para evitar problemas de continuidade nos serviços de arrecadação e fiscalização nos terminais urbanos de ônibus. Devido à polêmica, o então presidente da companhia, Cléber Tóffoli, pediu exoneração do cargo.