Assaltantes mantiveram oito pessoas amarradas e amontoadas durante quatro horas para roubar um trator, uma caminhonete e um Fusca de um sítio em Santa Terezinha de Itaipu (20 km ao norte de Foz). Até o final da tarde de ontem, apenas um dos veículos havia sido recuperado e a polícia ainda não tinha pistas dos assaltantes.
Segundo o delegado de Santa Terezinha de Itaipu, Joel Batista, o assalto começou às 22 horas de anteontem. Pelo menos três homens armados com revólveres chegaram ao sítio de João Garcia Miranda Sobrinho, na localidade de Apipu Grande, que faz divisa com o Parque Nacional do Iguaçu. Miranda Sobrinho não mora no local.
Dois dos assaltantes foram à casa de Odair Victor, empregado do dono do sítio, a pé e pediram óleo diesel emprestado, afirmando que o veículo em que viajavam ficara sem combustível. Eles renderam e amarraram com cordas as oito pessoas que estavam na casa - o empregado, a mulher, os três filhos do casal e três visitantes - e mandaram que eles deitassem no chão da sala, uns sobre os outros.
Em seguida, dois dos assaltantes fugiram levando um trator Valmet, ano 97, e uma caminhonete Pampa, ano 81. Um terceiro ficou vigiando os reféns. Por volta das 2 horas de ontem, depois de desamarrar os reféns, ele fugiu em um Fusca, ano 77, que também estava no sítio.
O Fusca foi encontrado abandonado ontem à tarde em Foz. O delegado afirmou acreditar que os outros dois veículos tenham sido levados para o Paraguai.
PatrulhasO major José Antônio da Silveira, responsável pelo 14º Batalhão da Polícia Militar de Foz, que atua na fronteira, disse que o assalto foi um ‘‘fato isolado’’. Em junho de 1995, o governo do Estado lançou o projeto Patrulhas Rurais, com a promessa de acabar com os assaltos a propriedades da região.
Apenas no ano anterior ao lançamento do projeto, foram registrados na região 51 assaltos a sítios e fazendas. ‘‘Agora esse número diminuiu 95%’, afirmou Silveira. Ele disse que não tinha em mãos um levantamento do número de assaltos registrados depois da implantação das Patrulhas Rurais. ‘‘Mas já chegamos a ficar quase um ano sem nenhuma ocorrência.’
Compostas por grupos de seis a oito policiais militares, as patrulhas usam caminhonetes e até barcos para fazer o policiamento itinerante na margem paranaense do Lago de Itaipu. Na região, o sistema tem bases em Foz, Marechal Cândido Rondon e Santa Helena.