Alunos do terceiro ano do curso de relações públicas da UEL (Universidade Estadual de Londrina) querem reforçar às comunidades interna e externa que a prática do voluntariado vai além da doação material. Mais importante do que doar alimentos, roupas, calçados e medicamentos, afirmam os estudantes, é dedicar parte do tempo livre à doação de conhecimento. Para isso, eles organizaram a Feira do Voluntariado da UEL, que acontece nesta segunda-feira (14), das 9 às 11h30, na praça do Ceca (Centro de Educação, Comunicação e Artes), no campus da universidade.

O voluntariado foi um dos temas de estudo dos alunos de relações públicas dentro da disciplina de comunicação pública e nas aulas os estudantes avaliaram o perfil do novo voluntariado. "Antigamente o voluntariado era feito por pessoas da terceira idade que já estavam afastadas de suas atividades de trabalho ou pessoas que se dedicavam totalmente a isso. Hoje, isso mudou e o trabalho voluntário é visto mais como um hobby, como uma forma de devolver à sociedade aquilo que recebeu", explicou a aluna Camila Atamanczuk, uma das organizadoras da feira. "Agora não é só doação de material, é dar o que a pessoa faz de melhor. Um aluno de relações públicas pode criar uma página no Facebook para uma ONG, um professor de biologia pode oferecer aulas a uma instituição que atende crianças, por exemplo", destacou a estudante.

Na feira que acontece nesta segunda-feira, estarão presentes sete ONGs e associações do terceiro setor de Londrina que irão apresentar aos visitantes do evento o trabalho realizado e, se possível, angariar novos voluntários. Entre as entidades convidadas estão a ADA (Associação Defensora dos Animais), a ONG E-lixo, o CVL (Centro Voluntário de Londrina) e a Associação das Mulheres Batalhadoras do Jardim Franciscato.

"O evento surgiu de uma necessidade nossa enquanto futuros profissionais de relações públicas de ter uma abordagem mais humana e evolutiva no contexto social", disse o aluno Matheus Fernandes. O novo voluntariado, observou ele, é formado por pessoas mais jovens e preocupadas em transformar realidades nas quais estão inseridas. "Os jovens têm um potencial de criatividade maior e maior dinamismo, principalmente na questão de acompanhar as novas mídias sociais, os temas emergentes na sociedade, captar o que está acontecendo no entorno e fazer com que a transformação seja mais efetiva."

A ideia de promover a feira, afirmou Fernandes, surgiu da vontade de reacender essa temática com as associações, sobre como elas impactam e podem, através desse trabalho, ter um saldo positivo de transformação social com o envolvimento nas mais diferentes causas.