Na Cooperativa Regional de Coleta Seletiva e Reciclagem da Região Metropolitana de Londrina (Cooprelon), o presidente Maurício Montesini lamentou a inexistência de acordos ou parcerias para ministrar cursos de capacitação aos associados, ressaltando que a cooperativa não possui recursos próprios para esse fim. "Pedi à CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) que nos ajudasse a custear esses cursos, ou que oferecessem aulas para nos ajudar a obter uma melhora na produção", reivindicou. Paralelamente, ele afirmou que vem procurando voluntários e recursos.
Montesini explicou que dos 120 cooperados, 68 não têm Ensino Fundamental completo e necessitariam de aulas de capacitação. E ressaltou que essa capacitação esbarra no problema da alta rotatividade na cooperativa. "O ideal seria que todos pudessem aprender cada vez mais, mas precisamos segurar essas pessoas, caso contrário não haverá reversão desse benefício para a cooperativa", alertou.
O técnico de trabalho e funcionário do setor de recursos humanos da Cooperativa de Catadores da Região Oeste (Cooperoeste), Wesley Belentani Gonçalves, explicou que dos 50 cooperados apenas cinco têm Ensino Médio completo. "A maioria possui o Ensino Fundamental incompleto e parou de estudar alegando que tinha que trabalhar ou porque tinha que cuidar da família", relatou.
Gonçalves ressaltou que a cooperativa também não tem condições de arcar sozinha com os cursos de capacitação. "Sem isso elas acabam ficando com um campo de trabalho limitado", analisou. Entre os cursos que acha necessário, além da informática básica e de noções de administração, destacou os de liderança e de conversação. (V.O.)