Beliches novos, jogos de cama e banho recém-chegados e uma casa toda reformada. Esse é o resultado do trabalho em conjunto do grupo ''Amigos Solidários'', que mais uma vez contribuiu para reforma de uma entidade assistencial de Londrina. Dessa vez, a presenteada com o ''Evento Solidário'' foi a ONG Casa de Maria - Centro de Apoio a Dependentes, que atende, em suas três casas abrigo, localizadas na Zona Oeste de Londrina, cerca de 30 crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, em situação de vulnerabilidade social e sem a guarda dos pais.
Além da solução dos problemas de vazamento e goteiras e da pintura das paredes, as casas foram presenteadas com 20 beliches, 20 colchões, além de jogos de cama, banho e cobertores. Doação que, segundo a assistente social e coordenadora da ONG Casa de Maria Uani Rocha Barbosa, será essencial para dar mais qualidade de vida às crianças.
''A gente faz o que pode para proporcionar o melhor para elas, mas nem sempre depende só de nossa vontade e ultimamente estávamos com muita dificuldade para conseguir esses beliches. Os antigos estavam todos soltos e o colchão era fino demais. Além disso, alguns colchões eram curtos, as crianças deitavam e ficavam com os pés para fora'', lembra. ''Agora, quando eu vejo tudo novinho, nem dá para acreditar, elas estão muito felizes.''
De acordo com a marchand Ana Maria Barreto, coordenadora do Evento Solidário, o grupo pretende continuar ajudando a entidade com a doação de guardas-roupas nos próximos meses. ''Há muitos guardas-roupas sem porta, quebrados, velhinhos mesmo e não podemos deixar assim'', diz ela.
Assistência
A ONG Casa de Maria existe há 22 anos e, além de prestar assistência a crianças em situação de vulnerabilidade social, apoia cerca de 80 adultos portadores de HIV, por meio da Casa de Apoio Recanto Amigo. A ONG se mantém com o repasse financeiro da Prefeitura, além da realização de promoções e jantares.
Todas as crianças são encaminhadas pelo Conselho Tutelar e permanecem na entidade por, no máximo, dois anos. Após esse período, ou elas retornam para as famílias, se houver condições necessárias, ou são adotadas. Durante o período em que convivem na casa abrigo, as crianças menores frequentam normalmente a escola e os adolescentes participam de cursos profissionalizantes. Além disso, todos recebem atendimento psicológico; participam de atividades esportivas, como natação e futebol; participam de atividades de lazer e recebem a visita da família semanalmente.