Feito para liderar

Você sabe o que é preciso para ser um líder? Parece que a General Motors tem a receita. O Chevrolet Onix bateu a marca de carro mais vendido do Brasil em 2015 e, de acordo com os dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), continua no topo do ranking, somando 69.535 emplacamentos acumulados até junho de 2016.

Segundo Paulo Barros, gerente de produtos do grupo Metronorte, a boa aceitação se deve a um conjunto de fatores. "Hoje as pessoas querem tecnologia, carro confortável e, principalmente, fácil utilização no dia a dia." A equipe da FOLHA foi descobrir o segredo do novo queridinho dos brasileiros. Rodamos pela cidade com a versão topo de linha, a LTZ, com motorização 1.4 e câmbio manual.

Praticidade foi uma das qualidades que se fez presente em todo percurso. O banco do motorista e o volante possuem ajuste de altura. A direção hidráulica é muito leve, assim como os pedais e câmbio. Então ficou fácil nos acostumar com o veículo. Em trânsito mais pesado, o carro transmite segurança nas frenagens, além de realizar manobras com facilidade.

No campo elétrico, o Onix tem ótima resposta. Com um susto descemos os vidros acionados por um toque - deve ser por conta dessa agilidade que eles vêm com o sistema antiesmagamento. Os retrovisores externos também são ajustáveis eletricamente e trocam de posição com competência.

Tudo isso é muito bom, mas é na tecnologia que o hatch conquista os corações. O computador de bordo digital tem cinco funções, mas o destaque está no sistema Chevrolet Mylink, uma central multimídia com tela touchscreen de 7", com rádio AM/FM, USB, entrada auxiliar e Bluetooth, que permite a conexão de smartphones para chamadas e recursos multimídia.

Pioneiro na entrega desse tipo de sistema para o segmento, Paulo Barros afirma que essa não foi a única vantagem do Onix sobre os concorrentes, como Hyundai HB20 e Ford New Fiesta, mas sim o fato de ser um carro nacional. "Ele tem o menor custo de manutenção, operação e a reparação de peças é muito mais rápida, consequentemente o seguro também fica mais barato", afirma.

O clima tecnológico também está presente no design do carro. O interior tem detalhes cromados e as luzes azuis dos painéis trazem um visual futurístico. Os contadores de giro e de velocidade são digitais e a intensidade de iluminação pode ser configurada, o que é ótimo para não atrapalhar a visão do condutor em direção noturna.

Os bancos têm desenhos anatômicos e o entre-eixo é de 2,52m, maior espaço do segmento. No entanto, os plásticos rígidos ainda estão bastante presentes e o puxador da porta fica em posição bem desconfortável, nos fazendo buscá-lo a todo o momento quando batemos a mão e não o encontramos no local onde ele deveria estar.

Desempenho

Na estrada, o Onix pode apresentar a potência dos 106 cv e 13,0 kgfm de torque abastecido com etanol. O sistema do veículo, que acusou ter feito 9,2 km/l na cidade, apontou na estrada 11,8km/l. Obteve bom desempenho nas subidas e estabilidade nas curvas, viajou com suavidade pelo caminho com a proteção de dois airbags e sistema de freios ABS com EBD.

O valor não é tão baixo assim, a versão de entrada, a LS, parte de R$ 39.190,00, mas Barros afirma que o cliente conhece o produto que está levando. "Não é o mais barato do segmento, mas ele oferece tanto que o consumidor prefere pagar um pouquinho a mais para ter o seu Onix na garagem", acredita o gerente. A versão LTZ, testada pela FOLHA, sai a partir de R$ 52.890,00. Entre essas, ainda existem as versões LT 1.0, LT 1.4 e a Effect.

O Onix oferece conteúdo acima da média dos carros compactos. É prático para o dia a dia urbano e carrega equipamentos cada vez mais exigidos pelos consumidores médios. Entrega boa performance e alto nível de tecnologia nem sempre encontrados no segmento, o que faz dele o campeão de vendas. A Chevrolet equilibrou esses conceitos e deixou o Onix na medida exata para ser líder.