Imagem ilustrativa da imagem Acende o farol


Um ano depois da aprovação da lei dos faróis acesos durante o dia, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicou resolução estabelecendo que a partir de 1º de janeiro de 2023 todos os veículos produzidos no Brasil e importados terão que sair de fábrica com faróis de luz diurna (DRL). A norma também determina que os projetos de novos modelos deverão contemplar os DRL a partir de 2021.

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Esse tipo de farol foi idealizado nos países europeus, onde a iluminação durante o dia é mais baixa, principalmente no inverno, para favorecer a visualização dos motoristas. Não há estatísticas confirmando uma melhora na performance do condutor, mas as luzes auxiliam na visão periférica. "Se o motorista olhar rapidamente pelo retrovisor pode não ver o carro, mas o farol aceso chama a atenção", enfatiza Alessandro Rúbio, coordenador técnico do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária).

Alguns modelos nacionais já vêm com o DRL como item de série, como por exemplo o Chevrolet Cruze, Onix e Prisma. O Cruze tem a tecnologia de série desde 2015. Uma das diferenças entre o farol diurno e o normal é que ele acende automaticamente no momento da ignição do motor. Um sensor no painel do veículo identifica a intensidade luminosa. Também é possível controlar o acendimento manualmente.

As lâmpadas utilizadas nos faróis diurnos são de LED. "Isso garante mais qualidade e poder de iluminação", afirma Vagner José Vitorino, supervisor de oficina da Concessionária Chevrolet Metronorte, de Londrina.

Uma das diferenças entre o farol diurno e o normal é que ele acende automaticamente no momento da ignição do motor
Uma das diferenças entre o farol diurno e o normal é que ele acende automaticamente no momento da ignição do motor



Alessandro Rúbio explica que o LED utiliza componentes eletrônicos que permitem direcionamento melhor dos fachos de luz, além de ter cores distintas em um mesmo LED. "O consumo é menor e permite mais criatividade no design do carro", comenta o coordenador do Cesvi.

TECNOLOGIA
As lâmpadas convencionais são com filamentos. Elas têm direcionamento para a via, por isso, a resolução do Contran proíbe a mudança de lâmpadas convencionais por LED. "Quando você troca essa lâmpada, muda o facho de luz. E pode colocar um LED muito forte, inadequado para a força dos espelhos e pode não iluminar direito", diz o coordenador técnico do Cesvi Brasil.
O LED é o que há de mais atual em tecnologia de iluminação rodando pelas ruas brasileiras. Ele consegue um consumo menor de bateria e tem menos risco de pena. A sua durabilidade também é maior. O próximo passo, de acordo com Rúbio, são os faróis a laser. Por enquanto, esse tipo de iluminação é usada em modelos superesportivos. "O LED é bem branco com facho muito longo. Os carros com uma potência alta precisam de uma visibilidade muito longa pela velocidade que desempenham. Mas o uso ainda é bem escasso", afirma.

MANUTENÇÃO
A estrutura do farol também evoluiu. As lentes de vidro deram lugar às de policarbonato, que reduz os danos em caso de atropelamentos. O motorista precisa ficar atento à conservação das lentes. Caso elas apresentem opacidade é preciso fazer um polimento ou substituir.
Em caso de colisão, é indicado avaliar se os faróis não se desalinharam. "Uma dica é posicionar o carro de frente para uma parede e ver se os fachos não estão desalinhados. Mas não pode esquecer que o lado direito é sempre mais alto do que o esquerdo", aconselha Alessandro Rúbio. A diferença de altura entre os faróis é para facilitar a iluminação das placas em rodovias.